🔎 ou veja todas as análises já realizadas

Análise dos Times

Brasil

Principal

Motivo: O artigo critica fortemente o discurso e o planejamento da seleção brasileira, classificando a busca pelo hexa como um caminho para o fracasso e lamentando a perda de identidade e respeito.

Viés da Menção (Score: -0.8)

Motivo: Mencionada de forma neutra como um país que busca a taça de forma coerente com seu desempenho em campo.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: Mencionada de forma neutra como um país que busca a taça de forma coerente com seu desempenho em campo.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: Mencionada de forma neutra como um país que busca a taça de forma coerente com seu desempenho em campo.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

CBF Neymar Argentina Espanha Donald Trump Brasil França Ancelotti

Conteúdo Original

Vamos em busca do hexa. O hexa vem aí. Chegou a hora. Estou aqui para trazer o hexa. Essas frases infantis são repetidas sem parar por Ancelotti, sua comissão e até pela CBF na voz de seu novo presidente. Um discurso de chave vazia, motivacional no sentido dos piores coaches de autoajuda. O hexa deveria ser resultado de um trabalho de longo prazo que visasse devolver à seleção alguma personalidade em campo. Deveria ser o resultado da busca por uma filosofia de jogo, por nos reconhecermos culturalmente em campo. O hexa pelo hexa, para resumir bastante, não vem. Mirar no hexa é acertar no fracasso. As frases que envolvem o hexa são repetidas entre sorrisos fartos, como se tudo estivesse bem. França, Espanha e Argentina dizerem que vão atrás da taça é coerente com o que vemos em campo. Mas o Brasil deveria tomar uma lição de humildade, que falta a essa camisa amarela sequestrada pelos piores interesses, e olhar o espelho. Não jogamos bola há muitos anos. A geração Neymar é, gostem ou não, um fracasso enquanto seleção nacional. Perdemos nossa identidade, perdemos o respeito por nós mesmos e abrimos mão do respeito que o mundo tinha por essa camisa. Hoje, qualquer seleção do mundo sabe que pode ganhar da nossa. Vivemos de exigir respeito histórico esquecendo que respeito a gente não exige, a gente apenas recebe (ou não). O planejamento deveria ser pela retomada de uma identidade futebolística, e não por uma taça que, falemos francamente, não temos chance de trazer. Quando o discurso está desconectado da realidade ele fica vazio e é incapaz de engajar paixão. A CBF achou bacana fazer dois amistosos do outro lado do mundo, com seleções sem força no cenário mundial, em horários bizarros. Mas o hexa vem sim. Confia. O planejamento deveria ser para 2030. Voltar a jogar bola. Voltar a formar jogadores absolutamente diferentes. Voltar a driblar. Voltar a jogar bonito. Manter nossos jovens talentos aqui. Construir afetos há muito perdidos. Aí, quem sabe, em 2030 o caneco pudesse ser um sonho possível. E essa construção, que levaria mais do que um ciclo curto, seria a força capaz de voltar a fazer a paixão pela seleção circular. Seria uma construção tão potente que, quem sabe, 2026 pudesse ser um bem-vindo efeito colateral. Jogando como Brasil, voltaríamos a encantar e, encantando, voltaríamos a ser respeitados. Com ou sem a taça. Aliás, uma taça que talvez seja entregue por Donald Trump. Sonhar em não levantar esse troço me parece um sonho bastante legítimo.