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A continuidade do técnico Ramon Menezes na seleção brasileira sub-20 é um dos maiores mistérios do esporte. A gestão da CBF mudou, mas Ramon continuou à frente dos jovens jogadores do Brasil. O trabalho nunca decolou. Longe disso. A nova vergonha foi a eliminação ainda na primeira fase do Mundial Sub-20. O , no Chile. Foi a primeira vez na história que a seleção caiu na etapa inicial da competição. A campanha também teve derrota para Marrocos e empate com o México. É verdade que nem a Fifa valoriza a competição e a organiza para uma data em que os principais talentos não podem estar. Mas esse é um problema para todos os times, não apenas para o desorganizado Brasil de Ramon. Ramon Menezes passou vergonha até pedindo um "desafio de VAR" sem sentido algum. Em um jogo que poderia ter Estêvão e Endrick contra Lamine Yamal, os principais jogadores do Brasil foram Wesley Teixeira (ex-Corinthians, atualmente no Al-Nassr) e Luighi (reserva do Palmeiras). A escalação do Brasil na eliminação teve Otávio Costa, João Victor, Iago, Bruno Alves e Leandrinho; Rafael Coutinho, Murilo DRhikman e Erick Bele; João Cruz, Wesley e Luighi. A CBF não conseguiu levar nem o goleiro Felipe Longo, reserva do Corinthians. O Vasco vetou o atacante Rayan. A Fifa precisa repensar o Mundial Sub-20 e a CBF pode dialogar melhor com os times pelas liberações, mas a grande pergunta é: por que Ramon Menezes continua? O que mais ele precisa deixar de fazer? Ramon balança, mas sempre fica. Ele sobreviveu a um 6 a 1 da Argentina, ganhou o Sul-Americano duas vezes aos trancos e barrancos, só que conseguiu piorar a campanha brasileira no Mundial Sub-20. A eliminação anterior foi para Israel, nas quartas de final. O torneio está esvaziado, mas o Brasil precisa de uma comissão técnica capaz de comandar equipes organizadas. E que não dependa apenas de talentos individuais. A queda precoce no Mundial Sub-20 é um vexame.