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O dia do Flamengo oscilou entre tribunal, treino e preocupação com a base: notícias jurídicas e episódios de indisciplina ocuparam as páginas e o horizonte da escalação. A confirmação mais prática veio com o adiamento do julgamento do recurso de Bruno Henrique, remarcado para os últimos dias de outubro — o que mantém o atacante à disposição para o clássico contra o Botafogo . Bruno Henrique foi suspenso por 12 jogos pelo STJD por forçar um cartão amarelo em 2023, mas vinha atuando sob efeito de liminar . No plano esportivo, o time segue na briga: divide a ponta do Brasileiro com o Palmeiras, ambos com 55 pontos (os paulistas levam vantagem nos critérios), e já mira a sequência com jogos no Estádio Nilton Santos e no Maracanã . No capítulo das polêmicas, o jovem Wallace Yan voltou a ser tema: expulso após entrar aos 11 minutos do jogo contra o Bahia — recebeu dois amarelos, o segundo por cotovelada — e multado em 10% do salário, passou a ser alvo de críticas do ex-coordenador de base Gilberto . Gilberto foi enfático ao dizer que o jogador "acha que pode tudo" e lembrou episódios anteriores, como um desentendimento com Lyanco nas oitavas da Copa do Brasil e confusões em clássicos com o Fluminense . Para virar a página, Wallace Yan contratou o coach Cleiton Carvalho, que se coloca como um "ponto de apoio" e já trabalhou com Luiz Henrique e com Artur; Cleiton, ex-militar, diz não ser psicólogo, mas afirma que seguirá o atleta de perto no dia a dia . A aposta é no acompanhamento mental para transformar talento em regularidade, ainda que vozes experientes na base lembrem que orientação só funciona se o jogador assimilar o processo . Nos bastidores institucionais, a batalha jurídica com a Libra continuou a aquecer: reportagem mostrou que a entidade foi avisada em 2024 sobre uma lacuna no critério de audiência que divide o contrato do Brasileiro (30% do total de R$ 1,3 bilhão) — sem acordo, o Flamengo obteve bloqueio de R$ 77 milhões na Justiça . Na apuração aparecem nomes como Julio Casares, Raul Guerrero, Silvio Matos e Flavio Zveiter, ligados às reuniões em que, segundo a reportagem, o aviso sobre a lacuna foi ignorado . Para completar a atmosfera do dia, a coluna de Juca Kfouri trouxe uma cobrança moral: o texto questionou a postura do Flamengo ao se colocar como protagonista na disputa e lembrou antigas controvérsias da gestão — desde a demora nas indenizações após o incêndio no Ninho do Urubu até negociações e compras de terrenos citadas pelo autor — tudo para dizer que, na visão da coluna, há limites na defesa intransigente dos próprios interesses . No fim, o quadro é claro: o Flamengo convive com urgências distintas — a possibilidade prática de ter Bruno Henrique à disposição, o desafio comportamental de um jovem talento que busca se corrigir e a longa batalha jurídica sobre quanto vale a audiência na televisão — histórias que prometem seguir enchendo manchetes até o apito do clássico.