Conteúdo Original
O maior time da história do São Paulo não tinha centroavante. Está numerado de 1 a 11, nos acessos às arquibancadas do MorumBis: 1. Zetti, 2. Vítor, 3. Adílson, 4. Ronaldão e 6. Ronaldo Luís; 5. PIntado, 8. Toninho Cerezo, 9. Palhinha e 10. Raí; 11. Cafu e 7. Muller. Não, Muller não era centroavante, mas um ponta-de-lança que abria espaços para Raí e Palhinha virem de trás. O número 9, Palhinha, era meia. Não vamos debater o Santos de Pelé, cuja formação clássica entrou em campo dez vezes, venceu nove e perdeu uma. Esta, citada acima, vestiu-se de branco, preto e vermelho seis vezes e ganhou as seis: São Paulo 2 x 0 Portuguesa (Pacaembu), São Paulo 3 x 0 Santos (Pacaembu), São Paulo 4 x 2 Ponte Preta (Morumbi), São Paulo 4 x 2 Palmeiras (Morumbi), São Paulo 2 x 1 Barcelona (Nacional, Tóquio), São Paulo 2 x 1 Palmeiras (Morumbi). Não é preciso ter centroavante para ganhar a Libertadores e há exemplos assim, além do bicampeonato são-paulino em 1992 e 1993. O Corinthians, de 2012, ainda não tinha Paolo Guerrero e dividia a função de pivô entre Émerson e Danilo. O problema do São Paulo atual é ter sido montado para ter um centroavante e perder três. Primeiro Calleri, que viajou a Quito para estar com o grupo. Depois, Ryan Francisco, esperança das divisões de base. André Silva não era o mais querido da maior parte da torcida, mas é o artilheiro do time na temporada, com 15 gols, na Libertadores, com 4, e no Brasileirão, com 5. Remontar a equipe vai ser necessário e sem centroavante. Luciano marcou 12 gols e tem 6 passes para gol. Foi centroavante no início de carreira. Não é mais. Porém, oferece gols como nenhum outro jogador disponível no elenco. Ferreirinha é velocidade pura. Não é provável que inicie a partida contra a LDU. Rigoni, sim. Mais técnica, mais posse de bola, menos correria na altitude de 2.850 metros de Quito. Resistir à boa equipe da LDU no Equador é o primeiro desafio. Ganhar a Libertadores sem três centroavantes é outro. Começa às 19 horas desta quinta-feira.