Conteúdo Original
O 2025 chegou ao fim no último sábado, na praia de Solemar, na Serra, em Jacaraípe (ES). Entre comemorações e a valorização da mulher, o evento soube aproveitar um de seus maiores trunfos: o amor entre uma mãe e um filho. A última etapa do Circuito Mundial de Bodyboarding foi recheada de histórias entre mães e filhas. Luna Hardman, filha da pentacampeã Neymara Carvalho, sagrou-se campeã profissional e levou a mãe às lágrimas. O mesmo aconteceu com Joselani Amorim, que ganhou a categoria Máster e fez o dia da mãe - ela veio do Rio Grande do Sul apenas para vê-la competir. A portuguesa Catarina Sousa também serve de exemplo. Em todo momento, era seguida de perto pela filha Concha Miranda. Até mesmo no pódio da categoria Máster, a garotinha esteve acompanhando a mãe, com sua pequena prancha de bodyboarding e sua lycra salmão. O espírito da maternidade, portanto, se mostrou mais vivo do que nunca - seja nas lágrimas de Neymara Carvalho com o título de Luna, no carinho de Cata Sousa com a filha ou no abraço de Joselani Amorim com a mãe. Neymara, inclusive, se mostrou toda orgulhosa da filha. "É a certeza de que fiz um bom trabalho como mãe, como atleta. Eu gerei uma campeã. Muito orgulhosa por ela. Disse que ia ganhar o campeonato, e eu não acreditei, achei que era muito por estar retornando. Mas a força do pensamento, o trabalho psicológico, tudo foi importante nessa volta. Estou vivendo o extraordinário. Tudo o que eu não poderia imaginar, Deus está me dando. Eu não tenho mais nada a pedir. Só agradecer mesmo", disse a pentacampeã mundial. O sentimento é compartilhado por Lindalva Carvalho, mãe de Neymara e avó de Luna Hardman. Ela acompanhou de pertinho as baterias das duas bodyboarders e contou um pouco do sentimento em ter ambas no pódio - Luna em primeiro e Neymara em terceiro. "É uma emoção muito grande. Fiquei com o coração acelerado demais, parecia um tambor [risos]. Mas graças a Deus ela foi vitoriosa. Estou muito feliz. É um sentimento de agradecimento muito forte. Temos uma parceria de conselhos, de carinho, quando chora, quando sorri, estamos sempre ali para apoiar", afirmou Lindalva em entrevista à . Depois da definição de todas as campeãs, o Wahine foi encerrado com uma categoria especial e exclusiva: uma bateria que reuniu mães e filhas. As crianças puderam entrar no mar para ser divertirem junto de suas mães, que competiram no evento. Foram quatro duplas nas águas que banham Jacaraípe: "Foi uma celebração mesmo. As crianças super alegres, é só brincadeira. É o espírito mesmo do esporte. Você está feliz, sentindo aquela vibração, do mar, das ondas, e a galera aqui torcendo foi muito legal para ela [Luiza] experienciar junto comigo. É muito legal quando tem a vibração da torcida e do pessoal que está na praia também", valorizou Josilane. Já na cerimônia de premiação, foi a vez de Naara Caroline dar o seu depoimento como mãe de Maria Cecília e outros três filhos. "Quero falar em nome das mães. É um papel que assumi lindamente e totalmente na minha vida. Hoje eu vivo totalmente a maternidade, tenho quatro filhos. Mas sou fruto do trabalho do Gordinho, do trabalho da Neymara, do Caveira. Tem uma palavra que é muito forte e se chama legado. E hoje, tudo que eu entrego para os meus filhos faz parte do que eu vivi no esporte", discursou Naara. Foi com clima de muita festa, confraternização e amor materno que o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro foi encerrado em 2025. Após o término de todas as baterias, as atletas foram devidamente premiadas na cerimônia do pódio. Três atletas ganharam os prêmios de Revelação do evento: a portuguesa Filipa Broeiro (categoria Profissional), a brasileira Juliana Dourado (categoria Máster) e a francesa Emie Padois (categoria Pro Júnior).