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Análise dos Times

São Paulo

Principal

Motivo: O artigo detalha um projeto financeiro do São Paulo com o objetivo de fortalecer sua base e torná-lo mais competitivo, com citações de especialistas e detalhes da estrutura.

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Palavras-Chave

Entidades Principais

São Paulo Cotia SAF Galapagos Capital Moisés Assayag CVM Big Four Evangelos Marinakis

Conteúdo Original

A diretoria do São Paulo vê o fundo para investimento em Cotia como um caminho alternativo a uma SAF para o time se tornar competitivo no novo cenário do futebol brasileiro. O projeto demanda uma aprovação no Conselho Deliberativo. Há informações relevantes sobre como foi estruturado o modelo. O blog obteve explicações em uma entrevista com o economista Moisés Assayag, consultor do São Paulo para o projeto. "Estão se prendendo à dimensão financeira e não a algo que é maior. É algo super inovador. Para este fundo e para o fundo anterior, se busca trazer higidez ao clube. Para fugir da dicotomia, SAF ou morte. Não fazer mais do mesmo. Por conta dessas 58 conversas e visitas pudemos fazer um produto robusto. Vai mudar as condições competitivas do São Paulo, porque o ambiente mudou. Não tem opção de continuar a fazer o mesmo", analisou Assayag. As informações já conhecidas: o fundo é montado pela Galapagos Capital e prevê levantar pelo menos R$ 250 milhões. Desse total, seriam R$ 50 milhões para dívidas e R$ 200 milhões para a base. Não há prazo definido para acabar. Mas a duração é de pelo menos dez anos. Com dez anos, o São Paulo tem a possibilidade de recomprar inteira a unidade de negócios separada que se tornar a base. Dessa unidade, o clube terá 70%, e o fundo, 30%. O preço da recompra é do valor investido mais uma taxa de remuneração do investimento. Desse valor, é diminuído o montante que o fundo teve lucro. Exemplo: o fundo investiu R$ 250 milhões e, com a taxa de retorno, esse valor virou R$ 500 milhões em dez anos. Se o fundo tiver lucrado R$ 500 milhões durante esse período, o São Paulo recompra por zero os 30%. Se houver um lucro de R$ 300 milhões, teria de pagar R$ 200 milhões. Esse são números só para efeito de exemplo. Mas por que o clube venderia 30% dos futuros direitos de seus jogadores se lucra muito com a venda já hoje? Em 2025, já negociou R$ 237 milhões. "É um valor pontual. Comparar totalmente fora da curva. Não tem a ver com os outros anos. A média dos últimos anos é R$ 150 milhões. Nunca foram vendidos 8 jogadores. Quando você compara com a média, comparar com o que sobram R$ 100 milhões para o clube. Queremos sair desse patamar de R$ 100 milhões e multiplicar para R$ 300 milhões", contou Assayag. Ou seja, a tese é de que o clube aumenta o faturamento com as vendas porque terá maior volume de negociações. Como? A ideia é que o investimento dobre o tamanho da base. De 350 jogadores atuais, saltariam para 700 com contratações de jogadores na casa de 14/16 anos. E seriam jogadores de classe A, os melhores, enquanto atualmente seriam vários de classe C. Para o time profissional, o efeito benéfico seria ter jogadores de nível mais alto para ser competitivo. "Haverá um reforço na área de scout, ampliação da rede de olheiros para na América do Sul. Vamos criar vários mini São Paulo para adaptação. 700 meninos, enquanto atualmente são 350 garotos. Esse fundo será regulado pela CVM e vai ser auditado pela Big Four (quatro grandes auditorias do mundo)", explicou Assayag. Embora o projeto seja feito como alternativa a uma SAF, há uma previsão de regra para caso o clube se torne uma SAF. Neste caso, a Galapagos Capital tem preferência sobre a possível compra da empresa do clube. De que forma? Se houver uma proposta, a Galapagos Capital pode igualar a oferta. A tese desta cláusula é de preservar o investimento feito na base pelo fundo. Os investidores que entrarão no fundo são profissionais, brasileiros, procurados no mercado nacionais. A intenção é que, no futuro, o fundo possa ser aberto a qualquer investidor, o que seria uma porta para torcedores. O grego Evangelos Marinakis não está no projeto.