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Só para assinantes Assine UOL Opinião Esporte Rodrygo e pressão funcionam, e plano de Ancelotti anda para o lugar certo Julio Gomes Colunista do UOL 10/10/2025 09h54 Deixe seu comentário 0:00 / 0:00 Carregando player de áudio Ler resumo da notícia Se todos os jogos da seleção brasileira fossem contra Coreia e Chile, que sonho seria. Tem problemas? Chama o freguês! A Coreia apanhou do Brasil pela oitava vez em nove jogos, são várias goleadas e, nesta sexta, veio mais uma: 5 a 0 em Seul. Só que hoje em dia, neste século, podemos dizer, nem mesmo enfrentar as babas tem sido garantia de vitória. O futebol brasileiro não é o mesmo, as razões são muitas e não vêm ao caso agora, então é preciso comemorar um bom amistoso. Carlo Ancelotti conseguiu dar um passo adiante em sua terceira reunião com a seleção brasileira - serão apenas cinco dobradinhas antes da Copa do Mundo. É uma corrida contra o tempo, então o jogo contra a Coreia é um daqueles avanços bem importantes. E o que deu tão certo? Basicamente, duas coisas precisam ser ressaltas: Rodrygo e a pressão. A pressão é algo básico do jogo de hoje em dia. Podemos até chamar de commodity. Qualquer time competitivo, forte mesmo, precisa fazer e precisa fazer bem, com os 10 jogadores de linha empenhados em tentar roubar a bola do adversário, cortar linhas de passe e fazê-lo de forma coletiva e coordenada, não de qualquer jeito. A pressão bem feita na Coreia, com participação de todo mundo, vem um dia depois de uma entrevista coletiva em que Ancelotti deixa claro que não busca jogadores interessados em serem "os melhores (do mundo)" e, sim, jogadores interessados em jogar para o time. Carla Araújo Pacheco perde força para vaga no STF Daniela Lima Lula não cede à cobrança para indicar mulher ao STF Igor Patrick China aprendeu nova tática com os Estados Unidos Sylvia Colombo Nobel ajuda, mas não redemocratiza Venezuela Não sei se é ou não é recado para Neymar e outros. Só sei que, com Neymar, o Brasil joga desfalcado em termos de pressão. E as não convocações passam por aí, não somente pela tal questão física. A seleção precisa de todo mundo pressionando e empenhado, não jogando só com a bola e de acordo com interesses próprios. Se Ancelotti conseguir incutir esse espírito de time, será meio caminho andado rumo ao hexa. Uma parte importante da pressão e do grande jogo contra a Coreia foi Rodrygo. Que é o jogador que todo técnico ama justamente porque se dedica na pressão, tem talento, tem gol e joga em qualquer posição sem reclamar. Talvez por isso tenha passado anos e anos jogando fora da posição que mais gosta, que é pela esquerda. A presença de Vinícius Jr por ali, seja no Real Madrid, seja na seleção, inegavelmente atrapalhou Rodrygo - ou impediu que ele fizesse seu melhor. Em Seul, Ancelotti colocou Rodrygo do jeito que gosta. E passou Vini mais para o centro do ataque. O que não impediu que eles mudassem de posição, se encontrassem e fizessem gols. Funcionou e funcionou demais. O resgate de Rodrygo, depois de tempos pessoais conturbados, é um ganho e tanto para a seleção. 0:00 / 0:00 Siga o UOL Esporte no Opinião Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash Receba novos posts de Julio Gomes por email Informe seu email Quero receber As mais lidas agora PGR defende 'legitimidade exclusiva' para denunciar ministro do STF Fux pede vista e suspende julgamento de Moro por calúnia contra Gilmar Daniela Lima: China se prepara para briga comercial com EUA há tempos Daniela Lima: Lula não cede à cobrança para indicar mulher ao STF 'Shutdown': EUA começam a demitir funcionários após 10 dias de paralisação