Leitura inteligente para cidadãos conscientes

O dia do Santos andou entre dois ritmos: a promessa ousada da base e a urgência da elite. De um lado, o clube recebeu um ponta nascida no Afeganistão — Alham Attaee, 18 anos, com dupla cidadania (EUA/Afeganistão) e formação no Culture FC Sports, na Califórnia — que assinou acordo de formação e chega após avaliação em julho para reforçar o sub-20 [fonte 1]. Do outro, a Vila Belmiro já respira um jogo tratado como final: Santos x Vitória, duelo que ganhou contornos decisivos na luta contra a zona do rebaixamento [fonte 2].

Os detalhes de Alham merecem atenção: nasceu no Afeganistão, mudou-se para os EUA aos 10 anos, foi formado pelo projeto sediado na Califórnia e até já teve convocação à seleção principal afegã — o contrato de formação é, no entendimento do clube, o último degrau antes de um eventual vínculo profissional. O Santos também segue ampliando sua prospecção internacional e já conta na base com o volante Coulibaly, da Costa do Marfim, que aguarda a maioridade para disputar competições oficiais [fonte 1].

Na esteira do campo, a vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians parece ter aliviado um pouco a tensão e insuflado confiança para a sequência — motivo pelo qual o jogo contra o Vitória é encarado como um novo capítulo decisivo. O Santos ocupa a 16ª posição, com 31 pontos, três a mais que o adversário baiano, e sabe que cada ponto terá peso de sobrevivência [fonte 2][fonte 3].

No centro da virada de postura aparece Juan Pablo Vojvoda: o treinador argentino já soma sete jogos no comando, com duas vitórias, quatro empates e uma derrota, e é apontado como responsável pela mudança de mentalidade e pela busca por mais intensidade nas rotinas do elenco [fonte 3]. Álvaro Barreal, figura em evidência após o clássico — com gol e assistência — pediu manutenção da atitude e confessou estar se adaptando à direita para ajudar o time, mesmo preferindo a esquerda [fonte 2][fonte 3].

O elenco ganhou reforços para o embate: Tomás Rincón e Thaciano estão recuperados, Alexis Duarte reapresentou-se após a data FIFA pelo Paraguai; já há ausências que pesam: Neymar segue em recuperação de um problema no músculo reto femoral da coxa direita e João Schmidt está suspenso por acúmulo de cartões amarelos — cenários que moldam a escalação e a estratégia para a rodada [fonte 2].

Há também um diagnóstico técnico: o time tem gerado volume, mas pecado na efetividade. No clássico, foram 19 finalizações e somente três convertidas — um número que Vojvoda e os atacantes vêm tentando corrigir nos treinos no CT Rei Pelé, com atenção especial à finalização e à pontaria [fonte 3].

Assim, o balanço do dia é de contrastes: a aposta na base internacional, com a chegada de Alham e a presença de Coulibaly, convive com a urgência de somar pontos no Campeonato Brasileiro. Entre promessa e pressão, o Santos segue buscando equilíbrio — e, quem sabe, no próximo capítulo transformar esperança em resultado concreto [fonte 1][fonte 2][fonte 3].