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Foi um dia de cinema na arquibancada: a promessa virou cena e a cena virou história no teatro de São Januário, palco onde uma frase jogada ao vento encontrou o destino do gol. “Quando você fizer gol, eu vou estar aqui cantando essa, valeu?” — essa foi a profecia dita por Arthur Pessoa para o torcedor conhecido como GB, num domingo de julho de 2024, e a frase ganhou vida tempos depois como quem cumpre uma promessa antiga. Um ano e três meses depois, GB voltou a ocupar seu lugar nas cadeiras e viu o amigo — Arthur Pessoa, então com 20 anos — entrar aos 42 minutos do segundo tempo e, aos 52, marcar o gol que deu ao Vasco a vitória por 4 a 3 sobre o Vitória, um final de jogo digno de novela. Os registros desse encontro entre arquibancada e gramado viralizaram: vídeos mostram a ligação entre os dois, a rotina de Arthur nas cadeiras — na altura da pilastra 25, na curva onde costuma ficar a Força Jovem — e lembram que o atacante vinha das categorias de base, tendo passado pelo sub-17, e mantinha nos jogos a presença junto ao torcedor quando a agenda permitia. Em um dos vídeos, o abraço público e as palavras “último jogo do GB aqui” e “Meu último jogo, rapaziada. Eu amo muito esse moleque” revelam afeto e cumplicidade entre arquibancada e campo — e, na comemoração, GB aponta para a pilastra 25 como quem indica a origem daquela emoção. No balanço final, resta o sentimento: uma profecia cumprida, uma amizade que atravessou gerações de arquibancada e um gol que virou lembrança coletiva do Vasco e de quem vive o clube de perto.