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Análise dos Times

Motivo: O artigo foca na popularidade de Estevão com a torcida sul-coreana enquanto jogador da seleção, descrevendo a 'Estevãomania'.

Viés da Menção (Score: 0.8)

Motivo: Menciona a recente atuação de Estevão pelo Chelsea com gol decisivo e a explicação da popularidade do clube na Coreia do Sul.

Viés da Menção (Score: 0.7)

Motivo: O Palmeiras é mencionado como clube formador e associado a camisas que torcedores usam, mas não é o foco principal da análise de viés.

Viés da Menção (Score: 0.3)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Chelsea Palmeiras Carlo Ancelotti Liverpool seleção brasileira Coreia do Sul Richarlison Estevão Willian Ji-Sung Park Heung-Min Son So-yun Ji

Conteúdo Original

Estevão Willian tem apenas 18 anos, sete partidas disputadas e um gol marcado pela seleção brasileira. Mas o atacante do Chelsea já ultrapassou colegas mais veteranos no coração do torcedor sul-coreano. Ele é o jogador mais procurado, homenageado e celebrado nos raros contatos da delegação com o público em Seul — na sexta-feira, às 8h (horário de Brasília), a seleção enfrenta a Coreia do Sul em amistoso. Seja no hotel da seleção brasileira ou na entrada do Goyang Stadium, onde a equipe de Carlo Ancelotti está treinando, os fãs asiáticos gritam o nome do brasileiro. Camisas de número 41, do Chelsea e até do Palmeiras, formam parte de um cenário de idolatria à seleção e, em especial, a seu jogador mais jovem. Estêvão admitiu surpresa com essa badalação. "(Surpreendeu) Bastante. Porque você está do outro lado do mundo. É uma coisa incrível, ainda mais vindo de onde eu saí e estar recebendo esse carinho. Serve de motivação para saber que estou no caminho certo, que estou trabalhando, lutando todos os dias para estar onde quero chegar e realizar todos os meus sonhos", disse o jogador, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. O contato dos torcedores sul-coreanos com os atletas tem sido breve: acenos e gritos nas chegadas e saídas do ônibus, além de algumas horas de vigília na porta do hotel em busca de autógrafos e fotos com os atletas. Na segunda-feira, o atacante Richarlison foi um dos que parou para atender os fãs. A explicação para o fenômeno da "Estevãomania" passa por dois fatores. O primeiro é a idolatria dos sul-coreanos pelo futebol brasileiro, fruto do título conquistado no Mundial de 2002 e do êxito de jogadores do país na liga da Coreia do Sul. O segundo, a popularidade da Premier League no país asiático. Dois dos maiores ídolos do futebol sul-coreano jogaram na Inglaterra: Ji-Sung Park passou sete temporadas no Manchester United e, mais recentemente, Heung-Min Son, que foi ídolo no Tottenham. A popularidade do Chelsea, novo clube de Estevão, pode ser explicada por um terceiro fator. A meio-campista So-yun Ji, maior artilheira da história da seleção sul-coreana feminina, jogou no clube londrino por oito temporadas, entre 2014 e 2022. Favorito dos fãs na Coreia do Sul, Estevão chega em bom momento a seu primeiro jogo com a seleção brasileira fora do ambiente sul-americano. No sábado (4), ele marcou o gol da vitória do Chelsea sobre o Liverpool, por 2 a 1. O lance, aos 50min da segunda etapa, recolocou o Chelsea na briga da parte de cima da tabela da Premier League. O clube ocupa a sétima posição, com 11 pontos em sete rodadas. O Liverpool lidera com 16. Pela seleção, Estevão ainda tem uma trajetória curta. Ele foi convocado para dez partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo e participou de sete jogos, sendo apenas dois deles como titular. O único gol do ponta pela seleção até agora foi marcado contra o Chile, em setembro. Só que, se olharmos os números com Carlo Ancelotti, é nítida a mudança do papel do ex-jogador do Palmeiras no time. Foi sob o comando do italiano que Estevão disputou as duas partidas como titular e marcou o gol diante dos chilenos. Além de ter dado cada vez mais espaço para Estevão, Ancelotti trata a jovem promessa como um de seus "projetos" dentro da seleção. A relação entre técnico e comandado é de muita confiança, como mostra um episódio curioso na Granja Comary durante os treinos antes dos jogos com Chile e Bolívia. Ao ver o jogador pela primeira vez depois da ida para o Chelsea, o italiano puxou conversa em inglês. Emendou um "How are you?", o famoso "como vai?". Estevão, tímido e ainda engatinhando no inglês, respondeu apenas "I´m fine" ("Estou bem"). Ter Estevão bem tornou-se um dos grandes objetivos de Ancelotti: além da qualidade técnica e do potencial de crescimento, o mais jovem convocado da seleção pode jogar tanto pelos lados quanto como um meia-atacante, mais centralizado — as duas funções são vistas como fundamentais pelo treinador.