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O dia do Flamengo teve ares de tribunal e de teatro: fora de campo, a batalha com a Libra — que terminou em liminar que travou o repasse de uma parcela dos direitos de TV — dominou as manchetes e o humor rubro-negro, com o clube contestando a validade da assembleia e mirando a arbitragem judicial para redesenhar a divisão das verbas (R$ 17,4 milhões era o montante da segunda parcela) . Mas o coração do torcedor bate mais forte dentro do campo: a Conmebol desenhou a reta das semifinais da Libertadores e plantou datas para sonhos e cálculos — Flamengo abre contra o Racing no Maracanã em 22/10 e decide na Argentina em 29/10, com a final marcada para 29/11 em Lima — um calendário que virou bússola emocional para quem vive a temporada em fôlego dividido entre Brasileirão e continente . Na arena das emoções, a classificação nos pênaltis contra o Estudiantes ganhou roteiro novo: houve quase uma renovação dos batedores, e o destaque do dia foi o goleiro Rossi — que vem confirmando a fama de pegador, com números impressionantes ao longo de sua passagem, e decisivo na série contra os argentinos — um capítulo de redenção após o trauma da eliminação para o Atlético-MG nas cobranças meses atrás . Nem tudo foi festa: a classificação trouxe também poeira de polêmica. Bruno Henrique foi denunciado pela Conmebol por gestos dirigidos à torcida rival e rebateu publicamente, dizendo sentir-se perseguido e alegando que houve arremesso de objetos contra os jogadores — lembrando que o atacante ainda carrega outras batalhas institucionais, como a suspensão de 12 jogos pelo STJD que teve efeito suspensivo, e procedimentos na Justiça Comum que seguem sem data para audiência . No tabuleiro prático do domingo, Filipe Luís pensa em aliviar a máquina: com desgaste físico visível e viagem recente à Argentina, o treinador deve promover mudanças para encarar o Corinthians em Itaquera, busca resguardar o elenco na reta decisiva e testar alternativas para a sequência — posição que a cobertura também enfatizou na antevisão do duelo e no alerta sobre a necessidade de “tirar o avião das costas” do time . O fio que une tudo é simples: o Flamengo vive uma semana de contrastes — negociações e liminares que podem mexer no caixa, decisões de arbitragem e imagem, intercaladas com atos heroicos e tensos em campo; para a torcida, é um misto de impaciência e esperança, como quem assiste a um filme em que a trilha sonora alterna do drama jurídico ao hino da Libertadores — e, enquanto os protagonistas trocam passos no tribunal e na grama, a sensação é de que a história ainda reserva capítulos fortes .