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Análise dos Times

Brasil

Principal

Motivo: O texto foca na visão de Ancelotti sobre a seleção brasileira, destacando suas prioridades e estilo de jogo para o time.

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Palavras-Chave

Entidades Principais

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Conteúdo Original

Ancelotti já viu e viveu muita coisa no futebol. E a chegada para treinar a seleção brasileira é com a ambição de vencer, mas não necessariamente revolucionar. Esse foi o tom de um dos recados dados por ele na convocação para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, que serão nos dias 10 e 14 de outubro. "Não quero inventar, porque o futebol já foi inventado há muito tempo", disse o treinador, tomando cuidado para acertar o português. A frase fechou a linha de raciocínio sobre como pretende posicionar/usar os jogadores convocados. Embora haja uma dinâmica de testes e de conhecimento pessoal de jogadores com os quais não trabalhou ainda, Ancelotti afasta a tese de escalações mirabolantes. "Em geral, a qualidade geral do jogador brasileiro é muito, muito grande, como disse muitas vezes. E há jogadores que podem jogar em diferentes posições, sobretudo na frente. Creio que na frente há jogadores que podem jogar pelo meio, na ponta, na esquerda, direita. Há muita variedade. Mas não quero fazer experimentos. A ideia que tenho também para os próximos meses é bastante clara", afirmou Ancelotti. Em termos de estrutura tática, Ancelotti já deixou claro que a seleção vai alternar entre o 4-3-3 e o 4-2-4. Levar seis meio-campistas reforça essa visão, pensando na primeira hipótese. A segunda formação, com quatro atacantes, foi usada nas vitórias sobre Paraguai e Chile, quando o técnico tinha certeza do comportamento extremamente defensivo dos adversários. Trabalhar muito "fora da caixinha" em uma seleção é um desafio por causa da falta de tempo e dos momentos mais espaçados de treino. Ancelotti já foi assistente da Itália na Copa de 1994, mas só agora, no Brasil, é que comanda uma seleção pela primeira vez. No modo nada inventor, Ancelotti até defende algumas características "raiz" para certas posições. Goleiro que joga bem com os pés? Não é necessariamente a prioridade. "A primeira coisa que eu gosto e acredito que o Taffarel gosta é que defenda com a mão, antes dos pés. Assistindo a muitos jogos, vejo muitos goleiros que dão assistências, às vezes para o time rival. É melhor que seja bom com as mãos", disse o treinador da seleção, em uma resposta sobre o motivo de ter chamado Hugo Souza. Curiosamente, a lesão de Alisson abriu espaço para a volta de Ederson, um dos expoentes do jogo com os pés no futebol moderno. Para a posição de centroavante, a convocação de Igor Jesus é para manter no radar alguma opção de centroavante mais encorpado, alguém com presença de área para momentos de domínio de posse e que cruzamentos sejam alternativa. Ancelotti aproveitou que João Pedro, um atacante mais móvel, não está bem fisicamente e ainda mencionou outros jogadores com presença de área que estão radar, como Pedro e Kaio Jorge. A ideia é juntar esses elementos para se sair bem nos jogos contra os asiáticos e avançar na preparação até a Copa. "Quero ser claro. O jogo não vai ser para fazer testes. Vai ser para jogar bem, ganhar. Essa é a prioridade de todos os jogos que vamos fazer", avisou.