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A seleção brasileira terá contra o Chile uma formação com quatro jogadores bem ofensivos. O técnico Carlo Ancelotti deu detalhes na coletiva de hoje, antes do último treino pré-jogo pelas Eliminatórias da Copa, a respeito do que deseja para o time brasileiro. O quarteto de ataque terá Raphinha, Estêvão, João Pedro e Martinelli. A formação completa será: Alisson, Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro, Bruno Guimarães; Raphinha, Estêvão, Gabriel Martinelli e João Pedro. A linha de raciocínio do treinador é ter uma continuidade do jeito que o Brasil atuou contra o Paraguai, mesmo tendo jogadores diferentes na convocação atual. "Saímos do jogo contra o Paraguai muito contentes, satisfeitos, penso que o time jogou muito bem, teve boa atitude, ofensiva, defensiva, intensidade. É o que queremos fazer no jogo de amanhã, jogar intenso, ser forte defensivamente, fazer uma boa pressão ofensiva, jogar rápido com bola. Acho que se pode repetir o jogo contra o Paraguai para que a torcida possa estar contente com nosso jogo". Essa intensidade pressupõe pressão para roubar a bola do adversário já no campo de ataque e a reprodução de ações que puderam ser vistas no treino de segunda-feira, na Granja Comary: uma dinâmica de troca de passes rápidos e inversões de posicionamento para gerar espaço e confundir a marcação. Segundo Ancelotti, João Pedro será centroavante. O treinador mencionou que ele até pode atuar como um 10. Mas a ideia é ter o jogador com a responsabilidade de sustentar o papel de 9 mesmo. Outra certeza é Martinelli aberto pela esquerda. A dúvida que o treinador deixou, por outro lado, é como acomodar Raphinha e Estêvão. Não há dúvida de que serão titulares. Mas o ponto é: quem vai jogar como segundo atacante/meia? E quem vai ficar mais aberto pela direita? Ancelotti entende que os dois podem fazer ambas as funções, mesmo que "naturalmente" trabalhem abertos pela direita, fazendo jogadas para a faixa central, já que são canhotos. Para Raphinha, atuar mais centralizado faz lembrar o desenho da temporada passada. Hoje, ele tem feito mais o lado esquerdo do Barcelona, já que Lamine Yamal virou um fenômeno na direita e Dani Olmo é o meia da faixa central. Sobre Estêvão, embora tenha subido no Palmeiras como ponta, jogar centralizado, como um 10, não é problema. Inclusive, o estafe do jogador entende que ele pode tranquilamente exercer essa função, criando espaços com dribles. A falta de um 10 mais característico, clássico, foi reconhecida por Ancelotti. "Creio que o futebol moderno perdeu um pouco esse tipo de jogador, que joga por dentro, como meia. O futebol está com mais extremos, fortes, rápidos, esse tipo de jogador. O Estêvão tem muita qualidade e pode jogar também por dentro. Como estamos vendo nos treinos. Raphinha, Vinicius, Martinelli, também jogam muito bem por dentro. É o que pede o futebol moderno", disse o treinador. Essa formação com os quatro atacantes tira espaço de outro que já foi protagonista na seleção, que é Lucas Paquetá. Mas Ancelotti frisou que o desenho tático treinado esta semana pode mudar futuramente. "Quero dizer que o sistema de amanhã é para amanhã. Esse time pode jogar em diferentes sistemas. Depende do tipo de jogo que queremos fazer. Amanhã a ideia que temos é seguir o mesmo jogo contra o Paraguai. Contra a Bolívia, pode ser que mude o sistema", completou o treinador.