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Domingo deixou o Palmeiras com o gosto azedo de quem viu uma chance de liderança escorregar pelos dedos e, junto, abriu a caixa de ressonância sobre um personagem improvável: o gramado. A derrota por 1 a 0 para o Bahia, na Arena Fonte Nova, não foi só um resultado — foi um enredo que misturou lesões, decisões de arbitragem em velocidade e uma jogada isolada que decidiu o placar. (ver relato do jogo: , e resumo da partida: ). O enredo teve capítulos preocupantes: Lucas Evangelista e Piquerez saíram ainda no primeiro tempo com dores e viraram preocupação imediata no Departamento Médico do clube — substituições que forçaram Abel a gastar trocas cedo e mudaram a cara da equipe. (detalhes e imagens do incidente: ; notícia sobre o estado clínico: ). Abel não poupou palavras: chamou o campo de “inadmissível”, disse que pés ficavam presos e que aquilo não era dignidade para o futebol profissional — cobrança que o Palmeiras transformou em intenção formal de reclamação à CBF. A indignação técnica e logística virou pauta quase institucional. (leia a declaração de Abel e o anúncio da reclamação: e ). Como em novela com personagem contrariado, Rogério Ceni ripostou com ironia: lembrou do sintético do Allianz Parque e ponderou que reclamar de arquibol de grama natural quando se joga em sintético “fica feio”. Uma faísca verbal que só alargou o debate público sobre responsabilidade e retórica no pós-jogo. (ver Ceni rebatendo Abel: ). Do lado dos jogadores, o capitão Gustavo Gómez não se esquivou: negou ter atuado “no sacrifício”, criticou também o campo e disse, de forma pragmática, que preferiria o sintético a certas condições naturais. Palavras de capitão que tentam acalmar a torcida e, ao mesmo tempo, reforçar o argumento técnico do clube. (Gómez e seu posicionamento: e ). No gramado, o lance fatal teve sabor de oportunidade bem aproveitada: Ronaldo, do Bahia, lançou rapidamente para Ademir, que ganhou a corrida de Jefté e bateu com o pé direito para vencer Weverton — um contragolpe que quebrou a invencibilidade de 11 jogos do Verdão no Brasileirão. Mesmo com mais posse e algumas chances, o Palmeiras não conseguiu transformar domínio em gol. (relato do lance e da sequência: e ). Em análises táticas, jornalistas notaram um meio-campo com problemas de composição e mudanças de Abel que pouco surtiram efeito; Andreas Pereira e Felipe Anderson tiveram atuação discreta, e a equipe acabou apelando, por momentos, para ligações diretas à dupla que vem carregando o ataque. Ainda assim, a parceria Flaco-Roque segue sendo um dos pilares do clube — sua força e entrosamento são lembrados como moedas de confiança para a reta final da temporada. (leia as observações táticas e a nota sobre a dupla: e ). E enquanto o time principal via o domingo se cerrar em controvérsia, o time feminino do Palmeiras fez exatamente o oposto: pôs música no gramado e atropelou o São Paulo por 3 a 0, com dois gols de Brena e um de Amanda Gutierres — um banho de confiança que mantém a equipe na vice-liderança do Paulistão e exalta o trabalho da treinadora Camila Orlando. Tonalidade diferente, mas também notícia que aquece a arquibancada. (crônica da goleada e elogios à comissão: , e ). Fecho com um personagem que transborda otimismo: Flaco López, além de ser peça chave no ataque, recebeu reconhecimento até na Argentina — prova de que o brilho no Alviverde ecoa além das fronteiras e alimenta expectativas para a sequência do ano. (perfil e repercussão internacional: ). Na prateleira do calendário, o Palmeiras já vira a página: o Campeonato volta rápido, o próximo compromisso em casa contra o Vasco se aproxima e a diretoria trata das queixas formais. Entre reclamações de campo e celebrações no feminino, o clube viveu um domingo de contrastes — e deixou claro que, no futebol, a narrativa pode mudar de tom em 90 minutos, mas a discussão sobre profissionalismo e cuidado com o jogo tende a ficar para além da arquibancada. (próximos jogos e contexto na tabela: e ).