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O maior artilheiro da seleção boliviana vive a expectativa pela classificação para a repescagem da Copa do Mundo. E Marcelo Moreno vai assistir in loco ao confronto contra o Brasil, hoje, em El Alto, com uma promessa feita: vai voltar a jogar se lá na frente a Bolívia alcançar uma vaga no Mundial. Para isso, ela precisa de um bom resultado com o Brasil e uma derrota da Venezuela, que é a concorrente direta e pode ir para a Copa pela primeira vez. "Se Bolívia for para o Mundial, vou tentar fazer de tudo, mas volto a jogar. Meu sonho, cara. Meu sonho tem que se cumprir em campo, jogando o Mundial", disse o hoje ex-atacante, em entrevista ao antes de embarcar para Santa Cruz de La Sierra, onde passou a noite antes de vir para altitude de La Paz adjacências. Marcelo Moreno, que se aposentou em 2024 aos 37 anos, tem 31 gols em 108 jogos pela seleção boliviana. Um deles foi diante do Brasil, pelas Eliminatórias para a Copa de 2010. Um golaço de falta, que tem tudo a ver com o ambiente que a seleção de Ancelotti vai encarar hoje. "E esse golaço que eu fiz na seleção brasileira foi de falta, não foi muito perto, então eu falei assim, não, só vou passar da barreira que a bola vai sozinha para o ângulo. E foi o que aconteceu. Foi um golaço. Foi no ângulo de Julio César, que era o goleiro. Acho que ele nem teve reação, assim, porque foi uma falta perfeita e a bola também, a altitude ajudou para que ela possa cair. Na verdade, ela desceu rápido. Desceu lá no ângulo", relembrou ele. E olha que Marcelo Moreno é e era dos jogadores que sentiam os efeitos, mas já tinha noção sobre como bater na bola para fazer lances como aquele. "As seleções que vão para lá e têm algum tipo de falta a gente vê que eles têm muita dificuldade. Eles querem bater forte e a bola sobe e eu acho que é mais jeito do que força. jogando na altitude. Então eu me lembro do jogo contra o Brasil que o Adriano Imperador pegou a bola e foi bater uma falta. Ele bate forte e ele achou que ele ia bater num trinco, mas a bola acabou subindo, quase saiu do estádio. Porque realmente é uma batida diferente. E isso você só pega com o tempo, não tem como você chegar lá e achar a batida", explicou. "A altitude no início, ela te pega um pouco. Então, o importante é você aquecer bem e procurar aquela sensação de que o ar não está vindo. Aí vem normal. Você consegue jogar normal e, obviamente, em alguns momentos, se você for muito intenso, essa sensação vai vir de novo, então você tem que saber controlar, tem que saber quando correr, quando não, tem que saber dosar pra jogar na altitude. E eu joguei cinco eliminatórias, então aprendi". "Vai ser muito difícil. Muito difícil. O jogo contra a Seleção Brasileira sempre foi difícil ganhar do Brasil em La Paz. Imagina fora de casa, né? Então, eu te falo de cinco eliminatórias que eu joguei com a Seleção Boliviana. Teve empate, teve derrota. teve vitórias. Então é um jogo bem bem difícil contra a seleção brasileira mas como é um jogo de vida ou morte para a Bolívia eu acredito no resultado positivo para a Bolívia, sim". A bola rola para Bolívia x Brasil às 20h30 (de Brasília).