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A primeira derrota do Real Madrid no Campeonato Espanhol foi emblemática: 5 a 2 contra o Atlético de Madrid, no dérbi da capital, em um duelo repleto de erros e péssimas notícias para o clube merengue. A vitória do Atlético foi construída em erros do adversário: falhas de marcação, insegurança nas bolas paradas e equívocos de jogadores que são considerados fundamentais, como Dean Huijsen, Federico Valverde e Jude Bellingham, que voltava de lesão. A derrota coloca dúvidas na cabeça de Xabi Alonso. A fragilidade da defesa sem Militão, a insegurança no retorno de Jude Bellingham, a queda de rendimento de Vini Jr. e Mbappé no segundo tempo? São muitas questões para resolver. Para os jogadores brasileiros, o duelo no Metropolitano também foi um desastre: os quatro representantes do país no elenco madridista saem da parte enfraquecidos, por diferentes motivos. O caso de Éder Militão é o que mais preocupa: parte fundamental da defesa merengue, o zagueiro sofreu uma nova lesão, desta vez no tornozelo esquerdo, depois de bloquear uma chance clara de Alexander Sorloth. O defensor jogou no sacrifício até o fim do primeiro tempo, mas abandonou a partida no intervalo. Para Vini Jr., chegar ao dérbi com o Real Madrid líder e invicto era a grande chance de, por fim, marcar um gol no Atlético em partidas do Campeonato Espanhol. No campo em que recebe mais vaias em toda a Espanha, o brasileiro tinha a oportunidade de calar bocas. Ele até fez isso no primeiro tempo, com boas jogadas pela esquerda, incluindo a assistência para o segundo gol, marcado por Arda Guler. Mas, na segunda etapa, Vini afundou com o restante do time e frustrou-se com a marcação intensa de Marcos Llorente e Giuliano Simeone. Rodrygo, que entrou para jogar os 20 minutos finais e os acréscimos, também sai enfraquecido. Não pela atuação — entrou com o time perdendo por 4 a 2 e não comprometeu —, mas pelo fato de ter entrado em campo depois de Franco Mastantuono. Em um jogo tão importante, o fato de Xabi Alonso colocar o argentino de 18 anos em campo antes do brasileiro mostra que o camisa 11 está consolidado como uma opção secundária. Os jogos anteriores já davam indícios disso, mas faltava uma partida desta magnitude para confirmar a tendência. Já para Endrick, o dérbi foi mais uma partida sem jogar um único minuto. Nem mesmo na última alteração, já aos 43min da segunda etapa, o treinador pensou no atacante ex-Palmeiras; Gonzalo foi o escolhido. Apesar dos relatos de que está recuperado e treinando bem, o camisa 9 continua sem jogar com o novo treinador. Já são três partidas seguidas apenas observando a ação do banco de reservas.