Conteúdo Original
A solução do Flamengo para a lesão de Pulgar e os problemas físicos de De La Cruz é uma dupla que Filipe Luís inicialmente não imaginava, mas já parece ter dado liga rapidamente: os "europeus" Jorginho e Saúl. A prioridade do técnico do Flamengo era usar o espanhol como meia aberto pela direita, em um papel similar ao de Gerson, que se transferiu para o Zenit, da Rússia. Só que a necessidade o fez jogar em um posicionamento diferente do planejado. Nitidamente fora de forma, o ex-Atlético de Madri entrou mal nos primeiros jogos, contra Ceará e Atlético-MG, mas pouco tempo depois resolveu colocar o "terno" para um estilo de jogo elegante no meio-campo na combinação com o brasileiro naturalizado italiano Jorginho, que já tinha se destacado rapidamente no Mundial de Clubes, apesar do parceiro ideal não ter aparecido na ocasião. Com Saúl e Jorginho, o Flamengo ganha uma capacidade de passe e controle de jogo. Nas apresentações até agora, os dois mostraram que conseguem sair da pressão, encaixam passes fora da "lógica" e dão uma dinâmica de controle que casa muito com a proposta de jogo do Fla. A dupla "europeia" do Fla casou bem pensando também no requinte com a bola no pé que Arrascaeta acrescenta. Por outro lado, a correria nos lados do campo é compensada pela energia de Samuel Lino e Plata. Soberano nos três confrontos contra o Internacional, o Rubro-Negro se mostra cada vez mais azeitado e agora com um tempero europeu.