Conteúdo Original
A revolução no calendário do futebol brasileiro, anunciada ontem pela CBF, não mudará uma sina que há tempos já acompanha os clubes do país pentacampeão mundial. Eles continuarão sendo aqueles com mais compromissos e menos descanso no primeiro escalão da modalidade. Levantamento feito pelo mostra que, a partir de 2026, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e cia. disputarão no máximo 78 partidas oficiais por ano — isso em temporadas "normais" sem o novo Mundial de Clubes da Fifa. Esse número permanece sendo muito alto quando comparado ao dos outros países que formam a prateleira de cima do futebol internacional. Na Inglaterra, a nação europeia de calendário mais apertado (por ter duas copas nacionais), nenhuma equipe poderá jogar mais de 70 vezes na atual temporada. Ou seja, o novo desenho do futebol brasileiro ainda permite 11,4% a mais de partidas. E essa taxa é consideravelmente maior na comparação com outros países do topo da pirâmide. Em relação à França, por exemplo, alcança os 32,2%, já que nenhum participante da Ligue 1 participará de mais de 59 jogos em 2025/26. Na última temporada, o Paris Saint-Germain até extrapolou esse teto e chegou a 65 partidas, mas isso só aconteceu porque, além de ter vencido quatro dos cinco torneios que disputou, foi a campo em sete oportunidades no Mundial de Clubes. As mudanças no calendário do futebol brasileiro para o quadriênio 2026-2029 atingem praticamente todas as principais competições do país — somente a Supercopa do Brasil escapou ilesa. O Brasileirão continuará com o mesmo número de rodadas, mas agora elas serão espaçadas durante o ano inteiro. A próxima edição da Série A terá início ainda em janeiro, e não mais em março, como na atual temporada. Já a terceira e quarta divisões terão aumento no número de participantes. A Copa do Brasil terá mais times (126, no lugar dos atuais 92) e adotará o modelo de final em jogo único, com sede definida antecipadamente. Os 20 clubes participantes da Série A entrarão apenas na quinta fase, uma antes das oitavas de final. No novo calendário, quem precisou encolher de tamanho foram os Estaduais. Em 2026, eles terão de ser jogados em no máximo 11 datas. E perderão a hegemonia da atenção que tinham no começo do ano, já que serão disputados simultaneamente com as primeiras rodadas do Brasileiro. Brasil: 78 partidas Inglaterra: 70 partidas Argentina: 66 partidas Espanha: 65 partidas Itália: 64 partidas Portugal: 64 partidas Alemanha: 60 partidas França: 59 partidas