Conteúdo Original
Comandando o Palmeiras hoje diante da suspensão de Abel Ferreira, o auxiliar João Martins falou sobre o amadurecimento de Flaco López, hoje titular absoluto da equipe. Após o , o português revelou que o atacante tomou multas nos últimos anos. Ao , o estafe do jogador negou a existência de qualquer punição. "O Flaco é um exemplo claro de que é preciso ter paciência em um clube formador. Ele chegou com 21 anos da Argentina, tinha passado por dificuldades familiares. Chegou a um elenco vencedor. Ele apareceu com muita coisa para aprender. Num clube como o Palmeiras, é difícil ter esta paciência. É difícil esperar que um jogador amadureça e passe por erros." . "Ele passou por muitos erros tanto como jogador quanto como profissional. Nos últimos nove meses, ele conseguiu deixar de levar multas — todos os meses o clube ficava com uma parte do salário dele porque era uma questão de personalidade. Não somos iguais, há pessoas diurnas e noturnas. Ele tinha algumas dificuldades nas primeiras horas da manhã. Ele demorava para descer no CT. Eu detesto trabalhar a noite, e há pessoas que gostam de estudar a noite. Demorou, mas nunca mais aconteceu porque ele aprendeu, até porque doeu no bolso. Nós falávamos: 'Flaco, é só dez minutos'. E ele: 'Professor, eu faço esforço, mas é difícil'." "É um processo de crescimento. Ele era muito magrinho, era só pele e osso. Hoje, notamos que é um jogador diferente e mais maduro, com consistência. Ele também tentava fazer o que pedíamos, mas não tinha a consistência de hoje. O rendimento em campo ajuda todo mundo. Ele tem todo o mérito por estar representando o país dele." . "O que pedimos é rigor em todo o dia do trabalho, e ele tem conseguido fazer isso há nove meses — mesmo quando não jogava. Não é que ele estava errado, era só o processo de crescimento de um jogador que chegou aos 21 anos da Argentina e que hoje, aos 24, consegue ter o rendimento. Se fôssemos buscar ele agora, não teríamos dinheiro. Ele custou 10 milhões de dólares, e hoje custa muito mais. Temos ele hoje porque tivemos paciência." . "Foi o pior que um jogador pode passar. Foram quase dois anos, e só ele pode falar sobre isso. Nós, que vemos, sabemos que não é fácil superar, lutar e passar por muitas dificuldades antes de chegar ao dia de hoje. É um campeão. São momentos como este que nos fazem gostar de estar aqui e de trabalhar todos os dias. Fizemos, cada um, um pouquinho a nossa função de ajudá-lo, mas 99% [da volta] é fruto do trabalho dele. Muitos não conseguiriam. Eu mesmo me questiono se seria capaz de passar pelo que ele passou." "Ele fazia várias funções no clube onde estava. Para nós, isso é muito positivo porque nos dá várias opções para poder pensar em como utilizá-lo. A função do treinador é escolher os melhores. Ele que fique com os cabelos brancos e com as dores de cabeça. Queremos que todos trabalhem a 100% e que coloquem dúvida no treinador." "Depois da pandemia, a diretoria nos deu uma escolha para nos revezarmos durante a Data Fifa e termos dois dias a mais. Foi a vez do nosso treinador. Não tive a minha, terei da próxima vez. Eu sou o filho mais novo. Já tenho um 'velhote' e vi meus pais seis dias no natal. Já se passaram dez meses, só os vemos pelo celular. No ano passado, eles conseguiram vir aqui, mas neste ano não. Só de deslocamento, é um dia. O Abel ainda tem que ir para o Porto, que dá mais 1h30 de avião. É mais do que merecido. São críticas de quem não sabe o que é estar no futebol. Quando temos folga, é só um dia, e não dá para ir a Portugal só com um dia. Só critica quem não sabe." "Ninguém quer perder, e as derrotas doem. Quando isto acontece, vemos que precisamos tentar algo diferente. Já estávamos fazendo coisas diferentes. Houve momentos muito bons no Brasileirão antes do Mundial. Fomos para o Mundial, voltamos e não perdemos desde então no Brasileirão. Na Copa do Brasil, foi uma infelicidade, é passado. O momento bom do Brasileirão vem desde o início do ano, tirando dois jogos. Estamos tentando ver coisas diferentes. Felizmente, conseguimos essa mudança com os dois centroavantes." . "É um excelente profissional. Ele tem tido alguns problemas na gestão de parte física desde que chegou. Não teve folga e luta contra dores. Temos conseguido, devagar, evolui-lo. É normal que, quando um jogador entra em campo sem dores, ele desempenhe melhor. É um trabalho diário fazer com que o Felipe entre em campo 100%, como entrou nestes últimos jogos. Quando a equipe está bem coletivamente, ele se destaca, porque pensa na equipe primeiro e depois nele. A gente tenta cultuar individualismo nas ações dele." "Treinamos muitas vezes assim porque não sabemos o dia de amanhã. Não gostamos de ser pegos de surpresa. O Bruno Fuchs tem acrescentado muita qualidade ao elenco. Pessoalmente, ele acrescenta muito no dia a dia, é mais extrovertido. Ele se integrou muito bem. O Gómez e o Murilo são os líderes do passado e do presente. Nós colocamos o Murilo com mais responsabilidade, ele era uma pessoa muito tranquila. Falamos: 'Murilo, precisamos de mais 10% para o grupo, precisamos que você ganhe essa liderança'. Ele está se reforçando nisso porque é uma função nova."