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A pressão internacional pela exclusão de Israel das competições esportivas ganhou força nos últimos dias. Como destacou o jornal , em reportagem de Martyn Siegler, a UEFA deve realizar uma reunião de emergência na próxima semana para votar a suspensão do país. Fontes internas indicam que a maioria dos membros do comitê executivo já é favorável ao veto. Se confirmada, a decisão tornaria quase impossível a classificação da seleção israelense para a Copa do Mundo de 2026, já que suas eliminatórias são disputadas sob a alçada da UEFA. O movimento também aumentaria a pressão sobre a FIFA para seguir o mesmo caminho, ainda que a entidade enfrente resistências políticas, em especial pela proximidade do presidente Gianni Infantino com Donald Trump. A matéria do também lembra que a ONU pediu formalmente a suspensão de Israel, acusando o país de cometer genocídio em Gaza. Além disso, o episódio é classificado por dirigentes europeus como "sem precedentes", por se tratar da exclusão de um país inteiro no meio de um processo de classificação já em andamento. Dois aspectos se destacam nesse debate. O primeiro é ela mostra que o esporte já não pode se esconder atrás da neutralidade em situações de graves violações de direitos humanos. " O impacto vai além do futebol: trata-se de uma mensagem diplomática clara de que determinados comportamentos não serão tolerados na esfera global. Além disso, expõe o dilema jurídico entre a autonomia esportiva - protegida pelos estatutos da Fifa - e a necessidade de alinhar o esporte a valores universais, como dignidade e igualdade, previstos na própria Carta Olímpica e no Estatuto da Fifa.", explica o advogado, jornalista e colunista do UOL , especialista em direito esportivo. O segundo aspecto envolve . Não seria a primeira vez que o futebol reage a crises internacionais. " Antes disso, a África do Sul já havia sido afastada durante o apartheid. Esses episódios mostram que, ainda que a FIFA normalmente evite ingerências políticas, em situações extremas o esporte pode e deve reagir", lembra Kampff. O caso israelense ainda não teve decisão oficial, mas escancara o dilema: até onde vai a autonomia esportiva quando valores universais, como dignidade e igualdade, são colocados à prova? .