Conteúdo Original
O mercado de transferências do futebol fechou, mas as lições ficaram. Nesse contexto, os clubes que investem em estratégia se destacam, a exemplo de Palmeiras e Flamengo, que mostraram como a inteligência no processo é decisiva. Para Eduardo Dias, CEO da Footure, plataforma de análise e consultoria de mercado, a diferença entre os dois gigantes e a maioria dos clubes do país não está apenas na questão financeira — ainda que o Rubro-Negro tenha investido R$ 277 milhões por três reforços só nesta janela (uma vez que Saul chegou sem custos), e o Alviverde outros R$ 248,9 milhões por cinco contratações. Dias destacou que as demais equipes brasileiros podem se beneficiar ao tratar o mercado com seriedade e planejamento. Não que o mercado local não seja sério, mas muitas vezes os clubes "patinam" por falta de uma gestão profissional. Um dos movimentos mais recentes do mercado chama atenção para os zagueiros brasileiros, cada vez mais valorizados. Casos como os de Vitor Reis (Manchester City) e Beraldo (PSG) mostram uma tendência de exportação de defensores formados nos terrões brasileiros. Apesar dessa valorização, Dias criticou a postura de dirigentes que ainda recorrem a contratações de veteranos apenas para agradar torcedores, em detrimento dos jovens. Além disso, o especialista destacou que o futebol brasileiro vive uma "década decisiva". O país segue como maior exportador de atletas no mundo, mas ainda está distante dos primeiros colocados em faturamento. Essa diferença, segundo ele, só será reduzida com estratégia, tecnologia e profissionais qualificados.