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O primeiro pedido por ele vindo da arquibancada foi meio tímido: "Luiz Henrique, Luiz Henrique". Dá para entender: a galera que gritava o nome dele ia mais ao Nilton Santos do que ao Maracanã. Mas Luiz Henrique caiu no gosto geral de quem foi ao estádio para ver o Brasil vencer o Chile, pelas Eliminatórias da Copa. A entrada do atacante ex-Botafogo, atualmente jogando na fria e isolada Rússia, incendiou ou jogo do Brasil no segundo tempo. Dribles, bolas esticadas, o repertório que o ajudou a virar xodó e Rei da América no Botafogo esteve mais uma vez à disposição da seleção brasileira. Ele entrou no lugar de Estêvão, que no primeiro tempo tinha colocado o Brasil em vantagem. No segundo, Luiz Henrique participou de forma direta dos outros dois gols da seleção. O grito do nome dele aumentou Primeiro, jogada pela esquerda e cruzamento na cabeça de Paquetá. Depois, jogada pela direita e chute que caprichosamente bateu no travessão. Bruno Guimarães só empurrou para ampliar. Luiz Henrique já se mostrado decisivo nos tempos de Dorival Júnior. Contra o próprio Chile, em Santiago, ele fez o gol da vitória, evitando um tropeço que seria constrangedor para o Brasil na ocasião. Foi o primeiro gol dele com a amarelinha. O atacante até faria mais um gol, contra o Peru, e completaria a temporada 2024 no auge. A saída do Botafogo, no entanto, o levou para o afastado mercado russo. Fora das grandes competições europeias e do ritmo de jogo, ele ficou fora da convocação em março e em junho. Voltou agora, quando Ancelotti quer conhecer melhor os jogadores. No vestibular para a Copa do Mundo, Luiz Henrique marcou pontos importantes. O Maracanã reconheceu isso.