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Roger Machado não tinha alternativa a não ser poupar titulares para tê-los no jogo de volta contra o Flamengo, que está com 1 a 0 na frente, pela Libertadores, na quarta-feira, no Beira-Rio. Já o Flamengo pode dar-se ao luxo de deixar o indiciado Bruno Henrique e Plata no banco sem sentir a ausência deles como o Colorado sente, por exemplo, a de Alan Patrick. Risco assumido é risco corrido. E consumado. Nos primeiros 11 minutos Pedro marcou dois belos gols e, se um meteoro não caísse no gramado, o jogo estava liquidado. Show de bola para gaúcho ver, com direito a voleio de Léo Pereira, da entrada da área, na trave, aos 39. Os cariocas faziam evoluções no gramado e os gaúchos se preocupavam mais em não levar uma goleada. Porque a derrota estrondosa poderia desestimular a torcida para o tudo ou nada do torneio continental. Terminado o primeiro tempo o Inter criou duas chances de gol ao final, e o Flamengo cinco, duas aproveitadas, a primeira com passe de Varela e o segundo de Dom Arrascaeta. Um arraso! Diga-se que se os reservas do Inter não têm talento suficiente para enfrentar o Flamengo, caráter eles têm e mostraram assim que começou o segundo tempo, ao pressionar a saída de bola rubro-negra como pediu Roger Machado. Se não desse para virar, pelo menos daria para desgastar os rivais que voltarão ao Beira-Rio na quarta-feira e nem voltarão para o Rio de Janeiro, ao optar por permanecer em Porto Alegre e treinar no Grêmio. A primeira bola perigosa da etapa final foi exatamente colorada, um chutaço de Gustavo Prado que Rossi mandou a escanteio. Logo aos 11 minutos Filipe Luís descansou Pedro e pôs Plata no lugar. Aos 14, Richard evitou o 3 a 0 dos pés de Dom Arrascaeta. Em seguida, não houve quem salvasse o gol de Plata, com muita facilidade e passe do uruguaio. Carrascal, Danilo e De la Cruz entraram para retomar ritmo de jogo e saíram Léo Ortiz, Dom Arrascaeta e Jorginho para descansar e pensar no churrasco de amanhã em plagas gaúchas. É até covardia. O Inter também fez uma porção de trocas, pôs titulares no clássico, cujos nomes não serão mencionados para evitar comparações descabidas. De la Cruz nem bem entrou e quase fez o 4 a 0. Wallace Yan entrou e Samuel Lino saiu, aos 30, e Alan Rodriguez enfiou bola na trave de Rossi, aos 46. E, aos 47, Borré, diminuiu para o Colorado, 3 a 1, gol que melhora o astral vermelho para o meio da semana. O jogo foi tão fácil que o assoprador de apito passou incógnito e o VAR só deu o ar de sua graça para confirmar o gol gaúcho. Que bom! A rodada era carioca com vitórias do Fluminense, Vasco e Flamengo. Faltava só o Botafogo, logo mais, contra o Palmeiras, no Nilton Santos. A torcida incentivou o time colorado ao fim do jogo para demonstrar que, importante mesmo, é a Libertadores.