Conteúdo Original
Ali pelo trigésimo minuto, no Terreirão do Galo, Lautaro foi ao fundo pela direita e deu bola rasteira na medida para Neymar bater de direita e fazer Santos 1, Galo 0. Só que Neymar, constrangeiramente, furou. Sim, furou. Então, Ricardinho comentou: "Ele não costuma perder gols assim". Errou, o comentarista do Premiere. Deveria ter dito: "Antigamente ele não perdia gols assim". Neymar já havia perdido gol feito ao bater fraquinho na cara de Everson, logo no começo do clássico. O Santos dominava, Neymar errava passes fáceis, embora bem pensados, e Vojvoda engolia Sampaoli ao tomar conta do meio de campo. Irritado com seu desempenho, depois de ser seguro pelo pescoço por Lyanco, Neymar quase partiu para as vias de fato com o zagueiro, chamado de o Psicopata Atleticano. O segundo tempo começou mais equilibrado, mas, aos 10 minutos, Zé Ivaldo recebeu o segundo cartão amarelo fruto de faltas em Hulk e o jogo mudou. Vojvoda sacou Guilherme e estreou Adonis Frias, mas antes que o argentino, gelado, tomasse pé das coisas, Igor Gomes, saído do banco no intervalo no lugar de Rony, ganhou dele na corrida e fez 1 a 0 em lançamento de Scarpa. Aos 20, drama! O goleiro Brazão passou mal no gramado e saiu de ambulância do gramado, trocado por Diógenes. Minutos antes ele havia sofrido uma joelhada na cabeça de Igor Gomes que resultou em enorme galo em sua testa. Aos 35, Neymar deixou o campo trocado por Tiquinho Soares que entrou em campo para bater uma falta que Everson defendeu com dificuldade e até se machucou. Em seguida, Tiquinho foi derrubado na área por Lyanco e empatou 1 a 1 ao cobrar o pênalti. Em três minutos ele fez mais que Neymar em 80. Por tudo que havia feito, o Santos merecia o empate, mas teria de sustentá-lo por 16 minutos de acréscimos. Aos 49, Arana bateu forte e Diógenes fez as vezes de Brazão em bela defesa. E fez outra, aos 54, mais uma aos 55, e dividia com o Tiquinho o heroísmo do empate santista, diante de 38 mil torcedores.