Conteúdo Original
Gabigol não vai bem no Cruzeiro como se deveria esperar. Mas sua temporada não é uma tragédia como a reserva faz supor. Em 39 jogos, marcou 13 vezes e deu quatro passes para gols. Ele só é menos artilheiro do que Kaio Jorge (20), e tem menos assistências do que Kaio Jorge (7) e Matheus Pereira (5). Gabigol não marcava há nove jogos. Neste período foi titular uma única vez, no 0 x 0 contra o CRB. Disputou 232 minutos, sem gols nem assistências. Quando atuou por 90 minutos, foi como ponta-de-lança, por trás de Kaio Jorge, função normalmente atribuída a Matheus Pereira. Aqui há um ponto importante na dificuldade de encaixe já exposta por Leonardo Jardim. O técnico português não o enxerga como centroavante, como Kaio Jorge. Nem como meia, como Matheus Pereira. De fato, Gabigol sempre foi um híbrido entre as duas funções: mais um ponta-de-lança, um segundo atacante que se movimenta para encontrar espaços. Ele não combate a saída de jogo como Kaio Jorge, e não organiza o time como Matheus Pereira. Comparado com a expectativa de sua chegada, Gabigol fracassa no Cruzeiro. Mas seus números de gols e passes são melhores do que todos os demais titulares, exceto as duas estrelas. Depois de sua entrada, e também de Arroyo e Sinisterra, o Cruzeiro virou contra o Bahia, na Fonte Nova. E não desiste de perseguir o Flamengo.