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Análise dos Times

Flamengo

Principal

Motivo: O artigo relata a classificação do Flamengo com um tom de superação, destacando a virada de 'tragédia' para 'delírio', apesar das dificuldades e erros iniciais.

Viés da Menção (Score: 0.4)

Motivo: O Estudiantes é apresentado de forma neutra, como um adversário que impôs dificuldades dentro das regras e utilizou suas estratégias de forma leal.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

libertadores flamengo estudiantes carrillo jorginho carrascal pedro plata rossi arrascaeta andres rojas samuel lino varela eduardo dominguez bene filip

Conteúdo Original

Com menos de 1min do confronto, o Flamengo ganhava do Estudiantes. Não demorou muito tempo e já estava dois. O confronto de quarta-de-final da Libertadores, diante de um tetracampeão, parecia que seria um passeio. Mas a competição sul-americana costuma punir (justamente ou injustamente) àqueles que a tratam como uma andança tranquilas. Esse é um continente de desertos, selvas e montes nevados. O Flamengo já fora apresentado a dureza pelo apito de Andres Rojas no Maracanã que transformou um virtual pênalti em uma expulsão de Plata. De um 2x0, que poderia ter virado três, o time ia para a casa rival só com um gol de diferença. Com a vaga viva, La Plata impôs as dificuldades dentro das regras do jogo. O técnico Eduardo Dominguez foi estratégico ao não sair louco para cima de um rival superior. Instruiu seu time a pressionar a partir do meio, a brigar por cada centímetro do campo. E, para atacar, lançar bolas altas para o centroavante Carillo ganhar pelo alto e dar a segunda bola ao Estudiantes. Foi assim que o time chegou ao gol com Benedetti, em uma falha de Varela e principalmente de Rossi, que não reagiu com velocidade para conter o chute. Acabava em vantagem um primeiro tempo equilibrado em que o Flamengo tinha mais controle de bola e tentava se impor pela técnica e o Estudiantes, pela força física, de forma leal, diga-se. O time de La Plata ganhava a maior parte das divididas. Os erros técnicos rubro-negros, com más noites de Arrascaeta e Pedro, ajudavam a manter tudo igual. Não houve mudança de panorama do estilo de jogo no segundo tempo. O Flamengo, no entanto, encontrava ainda menos espaços na defesa rival. Até Jorginho, tão certeiro, errava passes. O jogo se desenhava em tragédia quando Carrillo ganhou outra bola no alto e Benedetti fez o segundo. Estava impedido. Filipe Luís trocou seus jogadores, achou alguns espaços quando Samuel Lino entrou no jogo no final, auxiliado por Carrascal. Mas o time continuava a errar passes finais, conclusões. Rondou a área rival, ameaçou, mas pouco concluiu de fato. O Estudiantes, por outro lado, estava onde ansiava no início do confronto: em uma disputa de pênalti. Do gol com segundos de Pedro até o final dos 180min o que parecia se desenhar era a construção lenta da derrota do favorito. Mas a Libertadores é tão imprevisível que não dá para trata-la como um roteiro de filme americano Blockbuster. Após seu erro, Rossi se redimiu com duas defensas de pênaltis difíceis - sua especialidade, diga-se. Os jogadores rubro-negros, erráticos nos 90min, foram certeiros nos penais. Haverá quem pinte a classificação do Flamengo como decepcionante pelas altas expectativas colocadas no time. Certamente falta de compreensão de que a Libertadores é construída por caminhos indecifráveis porque trata os favoritos como meros mortais.