Conteúdo Original
Que o Mirassol pagaria pelo que não fez era mais ou menos previsível. Assim mesmo, com coragem, partiu para cima do Corinthians sem levar em conta de que estava em Itaquera. Como sempre, aliás. O time interiorano joga fora de casa como se estivesse em casa e até mesmo no Maracanã, contra o Flamengo, foi assim, quando vendeu caro a derrota por 2 a 1. Nos dois primeiros minutos, por duas vezes, o time amarelo quase abriu o marcador, com Negueba infernizando a defesa alvinegra. Aos 13 minutos, porém, na primeira pontada corintiana, Bidu cruzou e Yuri não chegou para botar a bola na rede por pouco. Por pouco, não. Não chegou porque Reinaldo o agarrou, coisa que o assoprador de apito não viu, diferentemente do VAR. Que o chamou e o convenceu a marcar. Mesmo que não tivesse acontecido, acredite, depois do que houve no Beira-Rio, o pênalti seria marcado. Estranhamente, a Fiel pediu em coro para Yuri bater. Qual o quê! Quem bateu, seriamente, foi Maycon, forte, no canto, e Walter quase pegou: 1 a 0. O Mirassol sentiu, o Corinthians ameaçou aumentar, não aumentou e, em seguida, os visitantes voltaram a predominar. Lembre-se que, no primeiro turno, o Corinthians saiu na frente e o Mirassol virou, em noite de cavadinha mal-sucedida de Memphis e bem defendida por Walter. Memphis estava no banco em Itaquera, assim como Chico da Costa, goleador do Mirassol ainda sem 100% de condições físicas. O primeiro tempo terminou com o Corinthians se defendendo e com mais uma atuação lamentável de Yuri, que errava tudo, até lances fáceis. O 1 a 0 só não era injusto porque o pênalti aconteceu, mas o segundo tempo prometia sofrimento para a Fiel. Os 45 minutos finais começaram truncados e com o assoprador permitindo jogadas mais que viris, ríspidas mesmo, quase violentas. Logo no oitavo minuto o Mirassol perdeu Lucas Ramon e Daniel Borges o substituiu. A pressão era amarela e a preocupação preta e branca. Chico da Costa e Alesson em campo, Negueba e Christian fora, aos 14. Vitinho e André entraram e Gui Negão e Martínez saíram, aos 17. O Corinthians não acertava uma jogada no ataque. Quando o segundo tempo chegou aos 20 minutos o mais provável era o empate acontecer, apesar de Hugo não trabalhar, a defesa se virar e Reinaldo quase empatar. Um contra-ataque para matar o jogo também não era improvável. Eram 15 finalizações do Mirassol sem nenhuma entre as traves. Incrível ver o Corinthians tão subjugado com Itaquera se esgoelando para ser o 12º jogador. Torcida joga, mas não entra em campo. Então, aos 26, como o futebol é o futebol, Maycon passou para Bidon, Bidon encontrou Vitinho enfiado na área, Vitinho foi à linha de fundo e deu o 2 a 0 para Yuri, diante de 38 mil torcedores. Em seguida Memphis substituiu Bidon. Afinal, amanhã ele viaja para defender a Holanda, time que tem defendido mais que o Corinthians, que lhe paga fortunas. Aos 38, Angileri no lugar de Bidu e Rayan no de Vitinho, machucado, aparentemente com seriedade. Como dito na transmissão do Sportv, quem vê o placar sem ter visto o jogo pode achar que foi tranquilo. Mas não foi. O Mirassol teve atitude, mas foi ineficaz. O Corinthians se defendeu e foi eficaz: duas vezes chutou entre as traves e fez dois gols. Nem Hugo e nem Walter fizeram alguma defesa. E André ainda fez 3 a 0 nos acréscimos, ao receber de Yuri depois que o centroavante errou o passe e a bola voltou para ele passar ao garoto. Mais que eficiente, o Corinthians foi eficaz.