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Fiquei muito feliz quando vi o Luiz Gustavo em campo novamente, jogando com a camisa tricolor. Voltou nesse jogo depois de ter enfrentado um problema muito sério, que foi uma embolia pulmonar, a qual coloca até a vida da pessoa em risco. Um cara que demonstra respeito pelo clube, joga sem esconder, e faz de tudo para se recuperar, mesmo não dependendo exclusivamente dele. Foi uma das vítimas daquele 7 x 1 contra a Alemanha na Copa de 2014, no Mineirão, mas continuou em frente, sem baixar a cabeça. Um volante/zagueiro aguerrido, que não se entrega nunca, tem muita boa técnica e marca forte, sendo um exímio "ladrão" de bola em campo. Eu o conheço pessoalmente, lá no CT do São Paulo, quando ele estava fazendo recuperação depois de uma prótese no joelho que fiz em outubro de 2024. Ele foi muito educado e gentil, e todo dia que chegava para treinar ia até mim, me cumprimentava e conversava um pouco comigo. Fui comentarista daquele maior vexame que a nossa seleção já passou em uma Copa do Mundo e, obviamente, não poupei críticas a todos que estavam em campo, inclusive a ele. Mas, como um incrível profissional que é, sabe muito bem que o meu trabalho é esse e que nunca fiz críticas positivas ou negativas levando para o lado pessoal. Na sua volta, na vitória por 2 x 0 contra o Fortaleza, no Castelão, jogou a partida toda, sendo um pilar nessa difícil vitória pelo momento que o São Paulo passava. Mais que um jogador experiente, com seus 38 anos, é um homem confiável para qualquer treinador. Para se recuperar de um problema desses e voltar jogando o tempo todo, é preciso ser muito apaixonado pelo que se faz. Luiz Gustavo ama jogar futebol, ama treinar, ama se entregar pela camisa que veste, e isso merece muitos elogios e admiração, independentemente do time que se torce. Ele veste a camisa tricolor como se fosse a primeira, e olha que jogou muito tempo em uma das maiores potências do futebol mundial, o Bayern de Munique. Parabéns para você, Luiz Gustavo, por honrar a nossa profissão de jogador de futebol.