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Não é apenas em seus jogadores que o Estudiantes confia para conseguir a virada no mata-mata contra o Flamengo e continuar na disputa pelo título da da América. O clube argentino, que tenta amanhã reverter a derrota por 2 a 1 sofrida no Maracanã para avançar às semifinais do torneio continental, apoia-se também na mística da família mais importante da sua história. Em todas as quatro vezes em que se consagrou como melhor time da América do Sul, o Estudiantes contava com algum integrante do clã Verón. Juan Ramón, conhecido como "La Bruja", era o capitão da equipe tricampeã da Libertadores em 1968, 1969 e 1970 -no primeiro desses títulos, marcou nas três partidas da final contra o Palmeiras. Já o time que venceu a competição em 2009 (em uma decisão contra o Cruzeiro) era liderado dentro de campo por seu filho Juan Sebastián, "La Brujita", meio-campista que fez história pela seleção argentina e passou por vários times importantes da Europa (Lazio, Chelsea, e Inter Milão) na virada do século. E é o próprio Juan Sebastián quem pode levar o Estudiantes ao seu quinto troféu de Libertadores. Não mais dentro de campo, mas sim em um papel administrativo. O campeão continental de 2009 está em sua segunda passagem como presidente do clube. Ele dirigiu a agremiação entre 2014 e 2020. Depois, retornou ao cargo em abril do ano passado. Curiosamente, um dos ator de "La Brujita" como mandatário foi permitir a saída do seu filho Deian, a terceira geração da família a vestir o uniforme alvirrubro, para o Miami FC, time norte-americano que defende desde o começo do ano. Mas a administração Verón tem se destacado no cenário argentino é por defender uma completa revolução no modelo administrativo do futebol local. O ex-meia é quem encabeça o movimento que pede uma mudança na legislação para que os times de futebol possam deixam de ser associações esportivas (com sócios e presidentes eleitos por votação direta) para virar SADs, um modelo equivalente às SAFs brasileiras. Verón até já tem um comprador para o Estudiantes, o magnata norte-americano Foster Gillett, cuja família já foi dona do Liverpool, e que promete um investimento inicial de US$ 150 milhões (quase R$ 800 milhões). Ainda que a transação esteja travada por questões legais, o clube já tem turbinado os seus gastos desde que o acordo foi apalavrado. Só neste ano, o adversário do Flamengo fez a contratação mais cara da história do futebol argentino (o meia Cristian Medina, ex- ) e se reforçou com nomes bem conhecidos, como o goleiro uruguaio Fernando Muslera, o volante Gabriel Neves (ex-São Paulo) e o centroavante Lucas Alario (ex-Internacional). Vencedor das últimas seis edições da Libertadores (Flamengo foi campeão em 2019 e 2022, Palmeiras venceu em 2020 e 2021, Fluminense levantou o troféu em 2023 e o Botafogo ganhou no ano passado), o Brasil pode nesta temporada igualar o recorde histórico de títulos da Argentina. A terra de faturou a taça mais cobiçada do futebol sul-americano em 25 oportunidades, a última justamente com o River, lá em 2018. Desde então, só deu Brasil, que iniciou a série com 18 conquistas e agora já tem 24. A final da Libertadores-2025 já tem data (29 de novembro) e cidade-sede definidas. O jogo que definirá o próximo campeão sul-americano será disputado em Lima, no Monumental U. Ontem - 1 x 0 Vélez Sarsfield, em Avellaneda (1 a 0, na ida) Hoje, 21h30 - Palmeiras x River Plate, em São Paulo (2 a 1, na ida) Amanhã, 19h - São Paulo x LDU, em São Paulo (0 a 2, na ida) Amanhã, 21h30 - Estudiantes x Flamengo, em La Plata (1 a 2, na ida)