Conteúdo Original
O que todos esperavam, principalmente o River Plate e o Monumental de Núñez lotado? Que o Palmeiras começasse o jogo postado de maneira a segurar a pressão inicial e começar a jogar depois dos 15, 20 minutos iniciais. Pois não foi o que se viu. Muito ao contrário. O Palmeiras foi para cima, mostrou que não se intimida com a incrível cantoria e no quinto minuto abriu o marcador em cabeçada do capitão Gustavo Gómez após escanteio. Se os argentinos acharam que com a vantagem os alviverdes recuariam, se enganaram novamente. Antes do 20° minuto Armani teve de fazer duas defesaças e ainda viu Gustavo Gómez mandar bola em sua trave. O Palmeiras simplesmente A M A S S A V A o River. Weverton não tinha aparecido nem para bater tiro de meta. Ninguém passava pela defesa palmeirense, Andreas Pereira reinava no meio de campo e Vitor Roque infernizava no ataque. Só ali pelo 25º minuto o River conseguiu equilibrar as coisas, embora sem levar perigo à meta brasileira. O Verdão parecia se preparar para ferir com contra-ataques, mas, para manifesta frustração de Abel Ferreira, a dupla de ataque não era acionada a contento. Quando a jogada saiu, Vitor Roque não perdoou, aos 40. Khelven roubou a bola na intermediária portenha, deu para Aníbal Moreno que passou para Flaco López que pôs Vitor Roque na cara de Armani: 2 a 0. O River só ganhava do Palmeiras em número de faltas: 12 a 7. De resto, não acertou um chute entre as traves, com apenas três finalizações. O Palmeiras acertou quatro e fez dois gols em seis finalizações. A posse de bola estava dividida meio a meio. Um show de bola que deixou Marcelo Galhardo atônito e Abel Ferreira insaciável. Faltava o segundo tempo e o torcedor brasileiro, assombrado com o que viu no Nilton Santos, uma hora antes, perguntava: será o River um Mirassol? O palmeirense respondia que o Palmeiras não é o Botafogo. O River fez duas trocas e voltou com tudo e pressionou durante 20 minutos sem parar, capaz de criar expectativas de gol, mas não propriamente de marcá-lo. Aos 65, Emi Martinez foi chamado para o lugar de Aníbal Moreno, amarelado. Em 2020, quando o Palmeiras venceu em Buenos Aires por 3 a 0 e perdeu em São Paulo por 2 a 0, Abel Ferreira disse com humildade que Galhardo era melhor técnico que ele. Cinco anos depois seguirá com o mesmo pensamento? Raphael Veiga e Facundo Torres em campo, Andreas Pereira e Vitor Roque fora, aos 73. A defesa verde se comportava no segundo tempo tão bem como o ataque havia se comportado no primeiro. Uma palhaçada da arbitragem paralisou o jogo por cinco minutos em busca de pênalti inexistente de Weverton e achou-se apenas impedimento do ataque. Para justificar, o goleiro recebeu cartão amarelo. Aos 88, uma varada de fora da área de Martínez Quarta, diminuiu para 2 a 1. Fuchs estava em campo no lugar de Felipe Anderson. Seis de minutos de acréscimos para matar do coração. Diga-se que ponderados os dois tempos do jogo, o placar era justo. E continuou a ser quando se deu o apito final, mesmo com Gómez evitando o empate dos pés de Borja no último minuto.