Conteúdo Original
Frio de rachar no Morumbi lotado, sensação térmica de 10°, 54 mil torcedores no estádio. Que ficou gelado, aos 41 minutos, quando Bobadilla bobeou ao perder o tempo da bola em esticão equatoriano e permitiu a Medina sair na cara de Rafael para fazer 1 a 0 no primeiro e único chute a gol da LDU. O São Paulo havia finalizado 12 vezes, com três chances claríssimas de gol, aos 10, com Luciano que errou na matada da bola, e com Bobadilla que mandou no travessão; aos 20, outra vez na pequena área e Luciano desperdiçou miseravelmente com o goleiro já batido; e aos 43, quando Enzo Dias mandou nas nuvens na cara do gol. Para um time que começou o jogo perdendo por 2 a 0, e levou o terceiro gol no placar agregado, desperdiçar chances assim é convite para se despedir da Libertadores. O silêncio no Morumbi no intervalo era digno de velório na Sibéria. Bobadilla ficou no vestiário e Alan Franco também, para Maílton e Didenno irem em busca do impossível. Do mesmo modo como começou o primeiro tempo o Tricolor começou o segundo, ameaçador, mas não cumpridor. Uma chuva fina esfriava ainda mais a noite são-paulina. Em 15 minutos o São Paulo fez dois gols, o primeiro anulado por impedimento claro de Luciano e o segundo por falta de Luciano no goleiro. Lucas Moura e Lucca nos lugares de Ferreirinha e Rigoni, aos 67. Aos 74 a torcida desabafou sua frustração em coro, contra o presidente Júlio Casares, o autocrata marqueteiro que envergonha o São Paulo há quatro anos, Alisson entrou no lugar de Rodriguinho, aos 81. Luciano seguiu perdendo chances incríveis e a LDU se limitava à defesa, feliz da vida dela. Mailton foi o melhor dos brasileiros e o goleiro Valle o melhor dos equatorianos. A LDU adora jogar contra brasileiros. Jogou melhor que o São Paulo? Não! Mas jogou o suficiente para eliminá-lo. Veremos se depois de enfrentar o Palmeiras seguirá adorando nas semifinais da taça continental.