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O duelo entre Barcelona e PSG, pela segunda rodada da fase de liga da Champions League, seria o cenário perfeito para um confronto entre os dois primeiros colocados na Bola de Ouro: Ousmane Dembélé e Lamine Yamal. Só que uma lesão no tendão da coxa esquerda tirou o francês do jogo — e adiou o embate, em campo, entre ele e o fenômeno de 18 anos, que ficou na segunda colocação e levou pela segunda vez o prêmio de melhor jogador jovem. Havia uma expectativa grande sobre como seria o enfrentamento. Afinal, Dembélé passou (sem muito brilho) pelo clube catalão e depois estourou na temporada em que o PSG ganhou quatro títulos, entre eles o da própria Champions. Mas, em Barcelona, o clamor era por Yamal como vencedor do prêmio. O segundo lugar teve gosto de decepção; o pai do jogador chegou a falar em "danos morais". Sem poder duelar diretamente com Dembélé, Lamine Yamal terá o palco inteiro para ele no Estádio Olímpico de Montjuic, às 16h (horário de Brasília). De volta ao time titular após se recuperar de uma lesão no púbis, o ponta é a promessa de magia em uma equipe bem estruturada por Hansi Flick, mas que ainda precisa de um grande teste, como é o PSG. A torcida do Barcelona quer usar a partida para contestar o resultado do prêmio da Só precisa de um gatilho para isso. Diante de um mínimo indício de que Yamal esteja em seus melhores dias, o grito de "Balón de Oro, Lamine Balón de Oro" será ouvido nas arquibancadas. No domingo, contra a Real Sociedad, Yamal mostrou em pouco tempo do que é capaz. Entrou aos 17 minutos do segundo tempo e, já no primeiro minuto em campo, deu uma assistência para Robert Lewandowski marcar o segundo gol do Barcelona, que venceu por 2 a 1, de virada. O "pocket show" do jovem prodígio continuou com lances de efeito — como o próprio lance do gol, em que passa por dois adversários com facilidade — e teve um gol anulado por impedimento. Em apenas quatro jogos disputados na Liga Espanhola, Lamine Yamal soma 2 gols e 3 assistências. Na Champions, ele não entra em campo desde a fatídica semifinal contra a Internazionale, em Milão, quando viu o time ser eliminado com um 4 a 3 na prorrogação. O reencontro com o maior torneio interclubes da Europa terá um desafio a mais: dar aos torcedores muitos motivos para reivindicar que a Bola de Ouro deveria ter ido, sim, para o novo dono da camisa 10 do Barcelona.