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Foram dois minutos fulminantes os dois primeiros minutos no Morumbi. Por duas vezes em arremates de Cedric e Rodriguinho a zaga do Atlético Nacional salvou o gol do São Paulo na linha fatal. Na cobrança do escanteio, na segunda trave depois de desvio de Alan Franco, André Silva, agarrado, mandou para dentro do gol: 1 a 0. O tricolor seguiu melhor até ali pela metade do primeiro tempo quando os colombianos equilibraram o jogo e passaram a preocupar a torcida presente em grande número como se esperava. O segundo tempo andou amarrado e sem emoções até que Rafael teve de fazer duas defesas seguidas em chutes de fora da área e no rebote, aos 17 minutos. Três minutos antes Lucas Moura havia entrado no lugar de Rodriguinho. Aos 24, os colombianos empataram em pênalti cometido por Enzo Diaz em Morelos, que bateu sem vacilar como Cardona em Medellín, duas vezes. Mas Cardona adora o São Paulo, provocou Ferraresi na comemoração e recebeu o segundo cartão amarelo. Imediatamente Hernán Crespo pôs Ferreirinha no lugar de André Silva, embora Luciano fosse quem devesse sair. De todo jeito, o São Paulo teria um tempão com um jogador a mais para vencer. E por muito pouco o próprio Ferreirinha não fez o 2 a 1, aos 34. Em lambança da zaga, Luciano cortou a tentativa de aliviar bola na área e a mandou rente à trave. O menino Henrique foi chamado para acabar de incendiar o tricolor, aos 42, para o lugar de Alan Franco. Só dava São Paulo no Morumbi, mas o tempo passava e os pênaltis surgiam como ameaça e sofrimento final, tudo que os colombianos queriam. E no primeiro lance Henrique fez grande jogada e Ferreirinha chutou para Ospina defender. Com oito minutos de acréscimos a vitória brasileira parecia inevitável. Parecia, mas não foi, pelo menos no tempo normal. Sabia-se que não seria fácil, mas o São Paulo tinha o jogo nos pés e não soube vencê-lo. Vieram os pênaltis e aí os colombianos tinham a vantagem de Cardona não estar mais no jogo. Era hora de Rafael ou de Ospina, os dois capitães. Mais de 57 mil torcedores comiam as unhas no Morumbi. Rafael pegou! Lucas Moura fez 1 a 0. 1 a 1. Marcos Antônio bateu na trave. Azar. 2 a 1, mas Rafael quase pegou. Azar. Luciano empatou. 3 a 2. Rafael tocou na bola. Enzo Diaz empatou. O travessão salvou. Sorte! O São Paulo faz 4 a 3 com Cedric. E, diga-se, com justiça, porque foi melhor.