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Não é por não saber trabalhar com astros. Longe disso. Mas a convocação e a situação atual da seleção brasileira tornam o técnico Carlo Ancelotti o principal popstar da delegação brasileira atualmente. A presença do italiano atrai holofotes e ainda não foi normalizada. Dá perceber nos estádios pelos quais ele passa e até mesmo no restaurante do prédio da CBF. Os primeiros (e muitos ainda inéditos) passos de Ancelotti ajudam nesse contexto. Será a primeira vez dele treinando com a seleção na Granja Comary. Será o primeiro jogo no Maracanã e também na altitude de El Alto (4.000m), na Bolívia. Desde que pisou no Brasil, Ancelotti conta com um esquema de segurança particular, que o acompanha por todos os lugares. Isso já gera um movimentação e um frisson por corredores de estádios. Mesmo nos dias em que bate ponto no prédio da CBF, no Rio, costuma ser tietado quando aparece no restaurante e almoça no mesmo ambiente de alguns funcionários e convidados da casa. Ele também tem salário de popstar: R$ 5 milhões por mês. O tamanho do currículo e o fato de ser o primeiro estrangeiro a comandar a seleção desde 1965 gera um ambiente de curiosidade e expectativa. Como ele vai se comportar? Como vai ser a abordagem? Qual o nível de português? Na coletiva pós-convocação e na posterior entrevista exclusiva ao , ele já mostrou avanços no idioma. O técnico, nesta Data Fifa, não tem nem os principais jogadores da seleção ao redor. Vini Jr está suspenso do primeiro jogo e nem convocado foi. Neymar ainda não está 100% fisicamente, segundo o próprio Ancelotti, e está longe da seleção há quase dois anos. Nem mesmo outros expoentes midiáticos da geração, como Rodrygo e Endrick, estão na lista. Paquetá possivelmente seja o principal nome — por tudo o que viveu nos últimos anos. Diante disso, nomes como Douglas Santos, Fabrício Bruno, Andrey Santos, dentre outros, foram convocados e podem ser testados. Mas as coisas giram em torno de Ancelotti. É ele quem quer e precisa conhecer novos jogadores. Também é quem está em busca de uma cara nova para a seleção. Foram só dois jogos, o suficiente para confirmar a classificação na Copa do Mundo, em um ciclo conturbado — que teve Diniz e Dorival. Apesar da badalação direcionada para si, Ancelotti conseguiu pacificar o ambiente da seleção. A chegada de um nome desse quilate traz a esperança de bom trabalho na Copa do Mundo. Quem sabe até resultando no brilho de mais uma estrela no peito.