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O Corinthians estreia neste domingo, na partida diante do Flamengo, o seu terceiro uniforme para a temporada de 2025. O modelo produzido pela Nike, inspirado na linha Total 90, sucesso em 2005, traz a cor preta e detalhes em laranja, além da esperança do Timão em encerrar um fantasma recente contra o Rubro-Negro. Nos últimos anos, o clube paulista não tem obtido sucesso em estreias de camisas contra o Flamengo. O clube lançou novos uniformes em duelos com os cariocas quatro vezes e foi derrotado em todas as ocasiões. Em 2018, o utilizou diante do Fla o terceiro modelo em homenagem a Ayrton Senna. O time acabou sendo derrotado por 3 a 0, em plena Neo Química Arena. Já em 2020, o clube lançou o uniforme inspirado no , da Inglaterra. Porém, a peça não trouxe sorte. A equipe , novamente em Itaquera. No ano passado, na estreia da , novo revés: desta vez por , no . A mais recente delas foi nesta temporada. No primeiro jogo utilizando seu uniforme de número 1, no Rio de Janeiro, o Corinthians foi goleado por 4 a 0. Esta foi a última partida antes de Dorival Júnior assumir a equipe. Por outro lado, o time do Parque São Jorge carrega uma superstição envolvendo os terceiros uniformes. Nos últimos três anos, a equipe venceu sempre que estreou sua terceira camisa. Em 2022, no lançamento do uniforme que fazia alusão ao "ano dourado" de 2012, o Timão venceu o Athletico-PR por 2 a 1. Já em 2023, com o conjunto amarelo em homenagem à Democracia Corinthiana, vitória de 1 a 0 contra o Botafogo. No ano passado, vestindo a camisa que reforçava a luta antirracista, a equipe derrotou o Cruzeiro por 2 a 1, com direito a um golaço de Memphis Depay. O lançamento do Corinthians reforça uma tradição que ganhou força no futebol brasileiro nos últimos anos: os chamados , uniformes comemorativos que muitas vezes rompem com as cores tradicionais do clube e se transformam em objeto de desejo dos torcedores. Do ponto de vista técnico e criativo, o desafio é transformar o conceito em produto. Para Fernando Kleimann, sócio-fundador da Volt Sport e responsável pelo lançamento de nove uniformes para clubes das Séries A, B, C e D, cada detalhe precisa equilibrar inovação e autenticidade. "O terceiro uniforme é sempre um desafio criativo, porque não pode ser apenas uma variação estética. Ele precisa carregar uma história, um significado que dialogue com a identidade do clube e, ao mesmo tempo, surpreenda o torcedor. A ideia é equilibrar inovação e autenticidade, para a camisa ser lembrada tanto dentro de campo quanto fora dele", disse. Um exemplo é o "Manto da Massa", do , lançado em 2020 com design escolhido pelos torcedores. Desde então, o mercado passou a olhar os terceiros uniformes não apenas como uma alternativa estética, mas também como um espaço de conexão cultural. Segundo Reginaldo Diniz, sócio-fundador e CEO da End to End, agência especializada em marketing esportivo, o fenômeno reflete uma mudança na forma como os clubes se relacionam com suas torcidas. "A gente se orgulha muito de contar histórias que conectam o mais antigo e apaixonado torcedor ao novo fã que se identifica com a forma como a história é contada, atualizando sempre a narrativa, sem perder de vista a inovação, mas baseado nas tradições de cada clube".