Conteúdo Original
Com seis minutos estava 1 a 0, gol de Flaco López, ao aproveitar "passe" da zaga vascaína, em desvio de Lucas Oliveira para o gringo bater firme e abrir o placar. Com 17 minutos estava 2 a 0, gol de Flaco López, ao aproveitar carambolada entre Lucas Oliveira e Hugo Moura, e cutucar para o fundo da rede. Aos 23 minutos estava 3 a 0, passe de Flaco López para Vitor Roque deixar PH órfão de pai e mãe, pra lá e pra cá numa dança indigesta, e ampliar para 3 a 0. O Vasco não é o Inter, nem o River Plate, mas era vítima do mesmo começo fulminante do alviverde. Na verdade o jogo acabou ali. Sempre existia, é claro, a possibilidade de o Palmeiras vingar o Santos e virar três para acabar seis. As torcidas do Palmeiras e do Vasco são amigas, como se sabe, mas não confraternizavam na casa verde. Seria o caso de uma delegação cruzmaltina apelar para a maioria alviverde pedir ao seu time que tirasse o pé e não humilhasse. Na volta do intervalo saberíamos não se apelo houve, mas se o Palmeiras tiraria o pé para se poupar no calendário estafante. Flaco, você sabe, é magro em espanhol, não fraco como alguns pensam, até porque, além de bom de bola e goleador, Flaco López é forte candidato a ir à Copa do Mundo com a seleção argentina, ele que foi convocado com seu nome e voltou da convocação como se fosse Lionel Messi, exageros à parte, piada bem sacada pelos palmeirenses. Saiba que nos 45 minutos iniciais o Vasco teve 69% de posse de bola. O Vasco finalizou 5 vezes, o Palmeiras 4. Verdade que nenhuma das cruzmaltinas foi entre as traves, e as quatro alviverdes foram, com o requinte de chegar à rede. O Palmeiras voltou para o segundo tempo indicando que estava mais disposto a deixar o tempo passar, mas o Vasco, digno, buscava um gol para tentar voltar para o jogo. Corria o risco de cutucar o porco com vara curta, mas cada um com seus problemas. Por duas vezes, antes do 20° minuto, o Palmeiras quase ampliou. Aos 20, Rapahel Veiga e Felipe Anderson saíram para Sosa e Facundo Torres jogarem. No Vasco, Vegetti deu lugar a David e Gomes já havia entrado e Nuno Moreira saído. O Palmeiras era dono absoluto do clássico, não corria risco e ameaça consumar a goleada mesmo sem forçar a natureza, tamanha sua superioridade. Aos 28 minutos, consumou-se, num golaço de Vitor Roque, que saiu do campo alviverde, mas com o corpo projetado à frente. Uma lástima que gols como esses sejam anulados. Maurício e Bruno Rodrigues substituíram, aos 30, a dupla Flaco Roque, aplaudidíssima. O azarado Lucas Oliveira saiu aos 33 numa noite para ele esquecer. Andreas Pereira deu lugar a Allan e o Verdão completou suas trocas, aos 36. O Palmeiras completou uma década sem perder para o Vasco. O ex-clube da colônia italiana tem sido cruel com o ex-clube da colônia portuguesa, hoje ambos, embora mantenham orgulhosos as origens, são brasileiríssimos. O segundo tempo terminou sem gols, mas o placar moral acabou sendo 5 a 1.