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O técnico Filipe Luís valorizou bastante a forma como os três pontos do Flamengo foram conquistados na virada por 2 a 1 sobre o Corinthians, hoje, na Neo Química Arena (SP). O treinador admitiu que o adversário foi muito superior nos 30 minutos iniciais, mas ressaltou a mudança de postura do time no decorrer da partida. "Jogar na Arena não é fácil. Depois dessa viagem e desse jogo muito intenso que tivemos contra o Estudiantes, vir jogar aqui depois de dois dias e praticamente sem descanso não é fácil. Mesmo assim, o time sofreu no começo, mas depois conseguiu competir e vê que sobrou fisicamente até o final. Muitas vezes quando o time cai todo mundo fala da parte física, mas muitas vezes não. O adversário joga, te coloca situações, muda sistema. O treinador age, como hoje agimos. O futebol é um organismo vivo". "Costumo falar que esse é campeonato é muito complicado. Empatamos com o Vasco na semana passada e nossos rivais pelo título ganharam. Todo mundo falou que o Flamengo era horrível por empatar com o Vasco, e ontem o Vasco ganhou do Cruzeiro. O Vasco tem um grande treinador. Temos que ter estabilidade, não achar que somos os melhores porque vencemos o Corinthians fora de casa. Temos um longo percurso. É preparar com humildade para pegar o Cruzeiro, que vem mordido pelo título". "Eu vejo essas conexões, como eles se procuram durante os treinos da semana. Eu vinha treinando o Carrascal durante a última semana e meia ou duas nessa posição. Ele entendeu bem. Que jogador! Impressionante o jogo que ele fez. Dá uma soltura para a equipe, limpa as jogadas, tem uma visão de jogo, se conecta com os companheiros. Hoje ainda deu duas assistências. Jogador determinante. Estou muito feliz pela atuação dele e a entrega, porque nessa função ele teve de correr mais do que está acostumado. Agora é uma questão de adaptação. Nos últimos cinco ou 10 minutos teve câimbra, mas acredito que com sequência ele vai aguentar bem essa posição. Estou muito feliz pelo rendimento dos dois". "Está sendo muito intenso. Falei para os jogadores, depois do jogo da Libertadores, que quando cheguei no quarto depois dessa carga mental de pênaltis, tensão absurda que temos como treinador, disputar competições no clube de maior pressão do país... Cheguei no quarto e agradeci, mas não pela vitória. Agradeci pelo privilégio de poder viver todos esses momentos únicos aqui no Flamengo, já como jogador e agora como treinador. Cada segundo para mim é um presente. Estou aproveitando ao máximo, desfruto até quando não é tão bom. Estou no lugar onde quero estar".