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Recém-coroado campeão da WSL, Yago Dora não escondeu as referências que o inspiraram dentro e fora do esporte. Em meio à conquista inédita, o paranaense citou a importância de Ronaldo Fenômeno, no futebol, e Kelly Slater, lenda do surfe, como figuras que marcaram sua trajetória. "Eu cresci com as memórias do Ronaldo jogando pela Seleção Brasileira. Quando eu era criança, o Brasil conquistou o penta e essa lembrança ficou marcada na minha cabeça. Ele sempre foi o meu jogador favorito, eu acho o futebol um esporte muito bonito e eu adoro assistir", contou. Yago destacou ainda a relação especial que criou com o número 9, em alusão ao ex-atacante: "Há dois anos eu quis mudar o número da minha lycra para 9, porque acho que o 9 representa isso: o cara que chega na hora importante, define o jogo e faz as coisas acontecerem. Eu queria isso para minha carreira, ser um cara decisivo, de momentos grandes. Para mim foi um simbolismo forte ? e funcionou", disse. A admiração do surfista também se reflete fora da água. Após a conquista em Fiji, Yago imitou o icônico corte "Cascão", usado por Ronaldo na final da Copa do Mundo de 2002, quando o atacante marcou dois gols contra a Alemanha e garantiu o penta para o Brasil. O título em Fiji representa o oitavo conquistado por brasileiros nos últimos 11 anos, reforçando a força da chamada "Brazilian Storm", que já contou com os campeões Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), Adriano de Souza (2015), Italo Ferreira (2019) e Filipe Toledo (2022 e 2023). Assim como no futebol, Yago tem suas referências dentro do surfe. Ao falar sobre Kelly Slater, maior vencedor da história da WSL com 11 títulos, o brasileiro não escondeu a emoção por ter dividido momentos recentes com o norte-americano, que pediu para tirar uma foto com o novo campeão mundial e fez questão de parabenizá-lo pela conquista. "Quando eu estava começando, o Kelly já estava ganhando o título mundial. E agora ele estava aqui no dia em que eu venci o meu. Ontem ele festejou com a gente, curtiu junto, foi legal demais ter ele aqui, um ídolo. Assim como o Jordy Smith, que é um cara mais velho no circuito. Eu assistia muito eles surfando quando era moleque e hoje estava ali disputando um título com eles. É muito doido", disse Yago. O paranaense concluiu lembrando que o impacto da experiência ainda soa surreal: "A gente acaba se acostumando porque vê toda hora, mas se alguém contasse isso para o Iaguinho, criança, ele ia ficar em choque", completou.