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O dia começou com o anúncio de que a CBF vai vasculhar o mercado brasileiro para encontrar o substituto de Ramon Menezes no comando da seleção sub-20 — nada de estrangeiros, mesmo com Carlo Ancelotti já à frente da seleção principal. A demissão de Ramon foi acionada logo após a final da Série D, em reação à pior campanha do Brasil no Mundial Sub-20: lanterna do grupo, com apenas um ponto. [ ] Branco, o tetracampeão, segue como coordenador da área e aparece como a âncora da estrutura enquanto a diretoria remenda a crise. A CBF justificou que não poderia mais seguir com a gestão de Ramon, citando avaliação do ciclo de trabalho e dificuldades na liberação de jogadores, e não houve vozes dissonantes na diretoria de seleções para segurá-lo. Ramon, que fora contratado por Ednaldo Rodrigues em 2023, vinha ainda de episódios delicados — a eliminação no Mundial Sub-20 anterior, nas quartas de final, e a falta de classificação para os Jogos Olímpicos de Paris. [ ] A tendência é que a substituição não seja imediata: a cadeira desperta interesse e exige calma política. Enquanto isso, o presidente Samir Xaud estava em viagem rumo à Coreia do Sul, onde a seleção principal disputa um amistoso, e acompanha de perto os desdobramentos. [ ] Fica a sensação de que foi puxado um fio que revela uma tensão maior na base: apostas, cobranças e a busca por um caminho com sotaque nacional. A gestão optou por uma solução interna; agora resta ver quem terá coragem — ou amparo — para aceitar a missão. [ ]