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O dia do Brasil teve gosto de espetáculo e precisão: goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, em Seul, no estádio Copa do Mundo, que serviu de cartão‑de‑visita à proposta ofensiva testada pelo treinador. Foi uma vitória que nasceu da pressão alta: Carlo Ancelotti montou um quarteto ofensivo com Matheus Cunha, Vinícius, Estêvão e Rodrygo e viu a estratégia transformar recuperação em gol, com dois tentos originados de erros na saída de bola sul‑coreana — inclusive o segundo de Estêvão, após desarme em Kim Min‑jae dentro da área, e o segundo de Rodrygo, resultado de um cerco entre Casemiro e Bruno Guimarães que deixou Vinícius com a sobra. Os números, quando entram em cena, apenas confirmam a leitura tática: Bruno Guimarães foi decisivo em duelos e interceptações, e Casemiro assumiu a régua na distribuição, terminando a partida com alta eficiência de passes; os dois ainda apareceram com assistências que ajudaram a construir a goleada. Na saída do vestiário, Matheus Cunha celebrou o comprometimento coletivo e chegou a dizer que a atuação pode ser vista como um padrão de excelência para a preparação, lembrando que a equipe volta a campo na terça, contra o Japão, em Tóquio, no Ajinomoto Stadium — enquanto Ancelotti corre contra o relógio para ajustar seu modelo antes da Copa do Mundo. Se a seleção principal sorriu, a base sofreu: a eliminação precoce no Mundial sub‑20 expôs falhas de planejamento da estrutura de base, com críticas à gestão da CBF e menções a nomes como Ednaldo Rodrigues, André Jardine e Ramon Menezes no diagnóstico do vexame. Fora do campo, o mercado segue olhando para o Brasil: dirigentes argentinos reconhecem o poder econômico do futebol brasileiro e apontam operações como a venda de José "Flaco" López ao Palmeiras como exemplo da força comercial — ao mesmo tempo em que lembram riscos históricos em pagamentos que exigem cautela nas negociações. Resumo do dia: houve brilho tático e individual na Seleção, confirmações numéricas dos volantes e atacantes, e também um lembrete duro de que a festa do time principal convive com fragilidades na base e desafios administrativos — ingredientes que pedem equilíbrio entre celebração e cobrança. [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]