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No Morumbi, o São Paulo viveu aquela sina típica da Libertadores: dramático, nervoso e cheio de nuances de duelo continental. Após o 1 a 0 inicial com gol de André Silva, parecia que o time controlaria o ritmo. Mas, para a frustração dos torcedores, o ímpeto evaporou rápido. O adversário, experiente e organizado, igualou com Morelos em cobrança de pênalti. O Tricolor não conseguiu impor ritmo suficiente para evitar o sufoco e foi para os pênaltis, naquela de quem já viveu esse roteiro antes. A diferença da noite? Quem passou a operar em modo "herói" foi o goleiro Rafael. Na Colômbia, ele já havia defendido um pênalti. No Morumbi, apareceu novamente na hora certa. Salvou a cobrança inicial e mesmo quando não defendeu, ficou no quase nas outras ao acertar o canto e tocar na bola. Talvez esse perfil tenha assustado outro jogador colombiano que tentou tirar Rafael ao bater no alto, mas acertou o travessão. Mas a noite de Rafael não apaga o fato: o São Paulo sofreu mais do que precisava. É uma vitória com marca de alerta. Que Crespo use esse intervalo até as quartas para ajustar o time, transformar o drama em confiança e provar que, se quiser sonhar mais alto, o Tricolor precisa jogar menos no medo e mais com alma e controle. Afinal, no fim das contas, Libertadores exige isso e muito mais.