Conteúdo Original
O futebol tem dessas coisas: o placar nem sempre traduz o que se viu em campo. E foi exatamente isso que aconteceu em Quito. O São Paulo, que se preparou para encarar a temida altitude de 2.850 metros, se impôs fisicamente durante boa parte do jogo contra a LDU. Correu, brigou, marcou forte e criou chances suficientes para sair, no mínimo, com um empate. Mas futebol, como sabemos, não aceita desaforos... Luciano, Ferreirinha, Marcos Antônio e até Rigoni tiveram oportunidades claras. Mas todas elas pararam nas mãos de Gonzalo Valle, goleiro que se agigantou diante da pressão tricolor. Do outro lado, a LDU mostrou frieza: Bryan Ramírez aproveitou um lançamento ainda no primeiro tempo, e Estrada, já na etapa final, não desperdiçou a falha de Pablo Maia. Dois erros, dois gols. E um 2 a 0 pesado demais diante do que foi o jogo. O Tricolor sai do Equador com a sensação amarga na boca. Jogou melhor, mas viu o rival ser letal. Agora, a missão é enorme: no Morumbis, precisa vencer por três gols de diferença para avançar direto. Se devolver o 2 a 0, terá a dramática decisão nos pênaltis. Hernán Crespo tem um time competitivo e cascudo, capaz de reagir. Mas a lição está dada: em Libertadores, não basta ser melhor. É preciso transformar imposição em bola na rede. Do contrário, o adversário agradece e, claro, castiga.