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Everson fala como quem entende que o futebol é mais que profissão, é destino. Da várzea, onde viu o pai jogar com orgulho e migrou para a base do São Paulo. Hoje, consolidado na carreira, ídolo e batedor de pênaltis do Atlético, o goleiro construiu uma trajetória que mistura disciplina, superação e orgulho de suas raízes. Na conversa, ele lembrou do pai como grande referência de vida e de Rogério Ceni como ídolo debaixo das traves. Uma combinação que ajudou a moldar seu estilo: firmeza com as mãos, coragem com os pés e ousadia para assumir responsabilidades que, em outros tempos, eram inimagináveis para um goleiro. No Galo, Everson encontrou o clube que estudou, admirou e sonhou vestir. Virou protagonista não apenas pelas defesas decisivas, mas também pela relação visceral com a torcida, que o abraçou como um dos líderes da equipe. Em meio a isso, guarda também uma admiração especial por Victor, o "Santo" da Libertadores de 2013, com quem construiu laços no vestiário e de quem herdou o bastão simbólico de goleiro referência da Massa. É justamente a Libertadores que segue como grande obsessão. Everson sonha com a conquista pelo Atlético e ainda lamenta a chance perdida na final da última edição. Para ele, voltar a disputar a taça é uma missão pessoal e coletiva: transformar a dor em combustível e escrever ainda mais capítulos no clube. Mais do que títulos, Everson carrega consigo o orgulho de ter dado melhores condições de vida aos pais e aos filhos por meio do futebol. Uma história de resiliência que conecta passado e presente: das mãos calejadas à consagração como ídolo de um dos maiores clubes do país. E quem sabe até vestir mais vezes a camisa da seleção brasileira.