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O aproveitamento de Vojvoda no é de 46%. É relativamente pouco, mas o desempenho anima a todos no clube. A diretoria do Peixe entende que "o time é outro" sob o comando do treinador argentino. A avaliação é que, mesmo com as limitações do elenco, Vojvoda consegue organizar uma equipe protagonista e organizada em campo. São quatro empates e apenas uma vitória, porém, departamento de futebol e comissão técnica creem que o Santos mereceu vencer todos os jogos com Vojvoda. Na estreia, ainda com pouco tempo de trabalho, veio o 0 a 0 com o Fluminense e o gol anulado de Tiquinho Soares nos acréscimos. Na sequência, o Santos criou as principais chances no 1 a 1 com o Atlético-MG e viu Zé Ivaldo ser expulso, venceu o São Paulo por 1 a 0, levou o empate do Red Bull Bragantino em 2 a 2 e finalizou 24 vezes a 4 no novo empate de 1 a 1 com o Grêmio. Com exceção do Galo, quando o Santos era melhor na expulsão de Zé Ivaldo no início do segundo tempo, o alvinegro sempre finalizou mais: 9 a 5 no Fluminense, 19 a 4 no São Paulo, 18 a 8 no Bragantino e 24 a 4 no Grêmio. A expectativa é que o Santos confirme seu melhor desempenho no jogo contra o Ceará de amanhã, fora de casa. É um duelo decisivo contra o rebaixamento. O Peixe é o 16º, com 28 pontos. O Vozão é o 11º, com 31. Todas as atividades no CT Rei Pelé são fechadas para a imprensa, mas quem convive no dia a dia do Santos vê um nível melhor de treinamentos. Vojvoda criou variações táticas no Peixe, algo que não se via com Cleber Xavier, Pedro Caixinha e Fabio Carille. O esquema basicamente era o 4-3-3. O novo treinador preparou o 4-4-2 e ensaia também um 3-5-2. Mesmo com os desfalques de Neymar, Victor Hugo e Gabriel Bontempo, soluções foram encontradas. Alguns atletas melhoraram seu desempenho, como no caso emblemático de João Schmidt, que foi de alvo da torcida para titular absoluto. Zé Rafael e Luan Peres também cresceram de produção. Nos bastidores, a direção santista comemora o "não" de Jorge Sampaoli. Essa recusa fez o Santos viabilizar a chegada de Vojvoda, uma unanimidade entre os dirigentes não apenas por questões técnicas e táticas, mas também pelo fácil relacionamento.