Conteúdo Original
Após vencer o Internacional por 2 a 0, no Beira-Rio, e garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores, o técnico do Flamengo, Filipe Luís, evitou qualquer tipo de comparação com Jorge Jesus, treinador português que foi seu comandante em 2019, no Rubro-Negro, nos títulos do torneio continental, da Recopa e do Campeonato Brasileiro. "Não posso nunca, nunca, jamais me colocar à altura do treinador que estava naquele momento, que era o Jorge Jesus, que se não é o melhor da história, é um dos dois melhores que passaram aqui pelo Flamengo. Nunca parecerei, nunca vou fazer algo parecido com o que ele fez, vou fazer a minha história, do meu jeito, da minha história, mas com esse DNA do Flamengo, que eu aprendi, que eu conheço desde pequeno, que é tentar fazer isso, amassar o adversário o máximo de tempo possível. Muitas vezes não conseguiremos, muitas vezes jogaremos mal, muitas vezes até jogaremos bem e vamos perder jogos, ou vamos jogar mal e ganhar, assim é o futebol, mas a proposta, o modelo de jogo é tentar fazer isso, tentar sempre propor jogos, sair jogando com a bola no chão, pressionar o adversário, e tentarei fazer isso, do meu jeito, da minha forma, com os meus jogos". "Muito difícil jogar contra o Internacional e, praticamente, eles não chutarem no seu gol. No Maracanã, por mais que tenha sido um grande primeiro tempo e muito criticado no segundo tempo, a verdade é que o Inter teve pouco perigo naquele jogo. A gente conseguiu dominar bem. É uma ilusão pensar que vai dominar os 90 minutos, o adversário também tem suas armas, tem grandes jogadores. A primeira diferença foi a volta do Arrascaeta, que não jogou o primeiro jogo, e alguns ajustes táticos, detalhes pequenos que foram corrigidos. Esse jogo aqui também tem coisas para corrigir. Não gosto de me iludir pelo resultado. Gosto de analisar friamente e corrigir os erros, que, com certeza, existem, e potencializar o que vem sendo feito de bom". "Que jogo do Saúl hoje. Eu estou muito feliz por ele, ele estava três meses sem jogar, de férias, ele fez três treinos e hoje fez o seu segundo jogo em 90 minutos, completíssimo. E essa relação com o Jorginho foi muito rápida, porque eu olho muito como a relação dessas duplas funciona, e ele entendeu muito rápido a maneira que o Jorginho tem de jogar e se complementam muito bem. É mais uma opção para o volante, eu estou muito feliz pelo jogo que ele tem, e ainda sei que ele deve evoluir, tem muito a evoluir, o jogo dele já foi melhor hoje do que o primeiro. O Saúl que eu conheço ainda tem muito mais ainda para dar". "Vocês conhecem muito o Arrascaeta que entra no campo, pega a bola e faz suas jogadas. É um cara com números, quase toda temporada passa das 10 assistências e 10 gols. Isso é muito difícil no futebol, achar meias com esses números. É um jogador diferente. Mas eu vejo outro tipo de Arrascaeta desde que eu cheguei aqui. Tem uma liderança silenciosa e muito forte dentro do vestiário. Não é capitão só pela antiguidade, é porque ele fala, cobra, é o primeiro a fazer, a treinar, a puxar todos os companheiros para que façam também. Dos companheiros que tive aqui, é um dos mais ambiciosos. Não é coincidência estar nessa fase e estou feliz porque ele está vivendo talvez a melhor fase da carreira na minha mão. Estou conseguindo fazer com que ele se sinta confortável, que possa correr na hora certa e bem. Está dando resultado e espero que ele continue assim".